25/09/2008

Marcas para amar


Marcas para amar - Kevin Roberts
Fonte - http://ar.hsmglobal.com/notas/34969-marcas-amar

Kevin Roberts afirma que a los consumidores ya no les importan las frases “más barato”, “más fuerte”, “más grande”; quieren entablar una relación afectiva con el producto o servicio. Por eso, las marcas que llegan al corazón del cliente tienen éxito en todas partes del mundo, como demuestran los casos de Apple y Adidas.Las grandes marcas sólo sobrevivirán si crean lealtad más allá de la razón, sólo así podrán diferenciarse de las millones de insulsas marcas sin futuro —explica Kevin Roberts, presidente ejecutivo de Saatchi & Saatchi—. El secreto está en el uso del misterio, la sensualidad y la intimidad. Del compromiso con estos tres poderosos conceptos surgen las lovemarks, el futuro más allá de las marcas.” Dinámico y brillante, Roberts sostiene que las marcas se han “desinflado” y, por ese motivo, el amor se ha vuelto crucial para el éxito de las empresas. Dicho de otro modo, es fundamental que las empresas creen productos y experiencias que sean capaces de entablar vínculos emocionales de larga duración con sus consumidores.
“La idea de que las lovemarks pertenecen a sus consumidores, y no a las empresas, es clave —continúa—.A los consumidores ya no les importan las frases “más barato”, “más fuerte”, “más grande”; quieren entablar una relación afectiva con el producto o servicio. Por eso, las marcas que llegan al corazón del cliente tienen éxito en todas partes del mundo, como demuestran los casos de Apple y Adidas. Por Kevin Roberts presarial que cree fervientemente que las relaciones emocionales y las personas inspiradoras pueden cambiar el mundo.”
La premisa es que la gente está cansada de que todo sea parecido. En los deportes, los equipos son commodities; en la moda todo es igual. “Vamos al supermercado y pasamos la peor experiencia de nuestra vida; cualquier shampoo elimina la caspa y deja el pelo brillante. No hay una cerveza ‘mala’, aunque todas emborrachan. Si uno toma Pepsi o Coca-Cola, seguramente recibirá el mismo golpe refrescante de azúcar y burbujas. A los consumidores ya no les importan las frases ‘más barato’, ‘más blanco’, ‘más fuerte’, ‘más grande’. Necesitan conectarse con las emociones, crear una relación.
Una lovemark es una marca que superó el eje del respeto”, explica Roberts. Algunos ejemplos de lovemarks son Adidas y Apple. Roberts confiesa que nunca usaría otra computadora que no fuera una iMac: “Soy fiel a Steve Jobs, porque siento que los productos de Apple fueron diseñados sólo para mí”, agrega. Según el CEO de Saatchi & Saatchi, tres palabras bastan para definir una lovemark: misterio, sensualidad e intimidad. Lo que dijo respecto de Apple tiene que ver con la intimidad. Otra manera de expresarlo sería la siguiente: “Esto es un club, y es sólo para mí y para las personas como yo. Cuando veo a alguien con un iPod en un aeropuerto, tiendo a acercarme a esa persona”. Apple también es sensual. “Recuerdo cuando presentó la iMac en cinco colores diferentes —dice Roberts—. Antes de eso, las computadoras solían ser beige. Iba en mi auto y vi ese cartel enorme el día del lanzamiento. Tenía cinco colores, frutilla, uva, y no recuerdo los otros. Debajo de las fotos de las computadoras sólo había una palabra: ‘Mmm...’. ¿Mmm…? ¿Para vender una computadora? Quise detenerme y pasarle la lengua al aviso. La marca estaba apelando a mi sentido del gusto.”
De la teoría a la práctica Roberts aplica las ideas sobre lovemarks en la agencia de publicidad Saatchi & Saatchi. “Compramos la empresa hace seis años —dice—. Empezamos con un sueño: ser el invernadero de las ideas que cambiarán el mundo. Nos cambiamos el nombre de ‘agencia de publicidad’ a ‘compañía de ideas’. Pusimos el foco en crear y perpetuar lovemarks. Nuestro lema es ‘Todo es posible’. Contratamos antropólogos, sociólogos, excéntricos, autores, escritores, gente creativa y modificamos nuestra estructura de sueldos: no cobramos honorarios ni comisiones, sino un porcentajede las ventas de nuestros clientes; en P&G, por ejemplo, manejamos un negocio de US$ 2.000 millones. Es muy simple: queremos una regalía sobre todo lo que venda la empresa.” Bajo la conducción de Roberts, la agencia creó un grupo llamado “Fahrenheit 212” cuyos integrantes trabajan como “aceleradores”, y lo que les dicen a sus clientes es: “Si a ustedes les lleva uno o dos años colocar un producto en el mercado, nosotros lo haremos en tres meses, y con cada uno de sus productos.Y no queremos que nos paguen por eso. Sólo queremos el 3 por ciento de todo lo que vendan en los próximos tres años”. “Es un sistema muy efectivo y tiene que ver con cómo hacemos el negocio —concluye Roberts—. Aunque parezca sorprendente, nadie lo había hecho antes.”

13/09/2008

Bauhaus

Visitem e encontrem um pouco da história de uma das mais famosas Escola de Design do mundo. (fonte - http://tipografos.net/bauhaus/index.html )


A Bauhaus, escola fundada em 1919 na Alemanha, contribuiu de forma significativa para a definição do papel do designer.

Implementada com a missão de promover a união entre a arte e a técnica, apresentou nos seus primeiros anos de funcionamento uma orientação mais individualista, valorizando a expressão pessoal do artista na concepção do produto. Neste período, a escola começou a ocupar-se da produção de modelos de produtos para a indústria, consolidando a linguagem estética que caracteriza a Bauhaus até os dias de hoje, chamada por Maldonado "funcionalismo técnico- formalista".

Foi na Alemanha destruída pela I Guerra Mundial e frente ao desafio da reconstrução da economia do país, que, em 1919, o arquitecto Walter Gropius, tomando por base a experiência do Deutscher Werkbund, retoma, na criação da Bauhaus, a questão do artesanato e da produção industrial, cuja padronização, teme-se, poderia vir a aniquilar o talento artístico individual.
Mais que uma escola, fundou um centro de cultura que tem como objectivo a integração do ensino à indústria, superando a oposição entre trabalho manual e intelectual, arte e artesanato, arte e indústria e funcionando como um laboratório de idéias em relação à arquitectura, artes plásticas, artes gráficas e desenho de móveis e objetos domésticos, procurando conciliar o artesanato e o avanço tecnológico.
Considerado um aliado da arte e da técnica, o artesanato é visto com uma função pedagógica, como um aprendizado pelo fazer, abrindo-se para um programa que prevê o conhecimento de todos os instrumentos de trabalho e de todo o processo produtivo, desde a compreensão dos materiais, observação das formas e texturas da natureza, até o projeto e execução dos objetos.
Daí derivaria a capacidade de arquitectos e designers de projectar produtos para a indústria com qualidade estética e construtiva, do pequeno objeto ao edifício. No mobiliário, privilegiou-se essencialmente o aspecto funcional das peças em relação ao espaço, construindo-se móveis de aço e alumínio com elementos tubulares padronizados, instaurando-se assim uma nova tipologia, uma nova tecnologia e uma nova funcionalidade.
Consolidando definitivamente o significado do design industrial, a Bauhaus fez com que as peças de mobiliário fossem objectos úteis, práticos, agradáveis à vista e com um desenho adequado à produção em série, favorecendo sua viabilidade económica.
Fechada pelos Nazis em 1933, a Bauhaus prolongar-se-ia na obra de arquitectos e designers de móveis de grande aceitação pela indústria e pelo público da época e que até hoje constituem padrão de referência do mobiliário do século xx.

MANIFESTO

O propósito final de toda a actividade plástica é a construcção. Adorná-la era, outrora, a tarefa mais nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da magna arquitectura. Hoje estas estão numa situação de auto-suficiência singular, da qual só se libertarão através da consciente atuação conjunta e coordenada de todos os profissionais. Arquitectos, pintores e escultores devem novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura multiforme da construção — na sua totalidade e nas suas partes; só então as suas obras estarão outra vez plenas de espírito arquitectónico que se perdeu na arte de salão. As antigas Escolas de Arte foram incapazes de criar essa unidade, e como poderiam, visto ser a arte coisa que não se ensina? Elas devem voltar a ser oficinas. Esse mundo de desenhadores e artistas deve, por fim, tornar a orientar-se para a construção. Quando o jovem que sente amor pela actividade plástica começar como antigamente, pela aprendizagem de um ofício, o "artista" improdutivo não ficará condenado futuramente ao incompleto exercício da arte, uma vez que sua habilidade fica conservada para a atividade artesanal, onde pode prestar excelentes serviços. Arquitectos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte profissional". Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros momentos de luz que estão além de sua vontade, faz florescer inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do "saber fazer" é indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte de criação artística. Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a arrogância exclusivista que criava um muro de orgulho entre artesãos e artistas. Desejemos, inventemos, criemos juntos a nova construção do futuro, que enfeixará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita por milhões de mãos de artesãos, se alçará um dia aos céus, como símbolo cristalino de uma nova fé vindoura.
Walter Gropius — Weimar, Abril de 1919

01/09/2008

Design como uma EXPRESSÃO CULTURAL

Todo profissional do Design deviria ler isso.
Obrigado Professora Marta.
Um abraço do Nosso Grupo de Estudos.

Caros,

Folheando algumas das edições da Revista KAZA, reli uma matéria publicada no número 2 da revista com Gaetano Pesce, um dos grandes nomes do design internacional contemporâneo, quando esteve aqui no Brasil para participar do Seminário Abitare Itália 2003, promovido pelo Instituto Italiano para o Comércio Exterior.


Para ele o design "é uma EXPRESSÃO CULTURAL antes de ser uma expressão econômica. Traz questões existenciais, políticas, religiosas e costuma provocar o mercado. Os governos não entenderam ainda que os grandes recursos não são os recursos naturais de um país mas sua capacidade criativa. Depois da Primeira Grande Guerra houve uma mudaça nos custos com a produção em série, uma inovação no conceito de produção. Criou-se a possibilidade de comprar um produto com preço baixo. Mas a indústria já percebe a saturação do igual."

E explica melhor: "Hoje podemos aliar a tecnologia sofisticada e os baixos custos para que haja uma diversificação da produção industrial. No entanto, é preciso chegar a uma crise de consumo. A idéia de fazer a mesma cadeira para todo mundo era ideal, tempos atrás. Hoje, essa postura está ultrapassada. A indústria já procura essa diversisficação, que podemos chamar de personalização. Hoje o artesão tem a possibilidade de intervir na produção. Isso ainda é uma posição aleatória dentro do processo produtivo. O operário que repete o mesmo processo será coisa do passado. LOGO MAIS O OPERÁRIO SERÁ UM BRAÇO EXTENSOR DO DESIGNER."

E sobre essa interação designer e operário destaca que: "o designer irá criar uma coleção e permitirá que o operários, criem por exemplo todas as cores. HAVERÁ UMA LIBERDADE CRIATIVA. Se as pessoas não são iguais porque as cadeiras têm que ser iguais."

E conclui: "toda idéia nova é elitista no seu início. O produto será sempre inovador mas os processos serão os fatores mais importantes. O DESIGNER DEVE TRAZER NOVAS IDÉIAS E PROJETAR O NOVO, COM O USO DE NOVOS PROCESSOS E NOVOS MATERIAIS. Com isso, o próprio trabalho será testemunho de seu tempo. Devemos lembrar que a primeira dificuldade para inovação é a resistência."

A releitura me fêz compartilhar com vocês o porquê das últimas estratégias adotadas pelo Programa de Design em relação ao conceito de design que se pretende estabelecer nos desenvolvimentos dos projetos em curso.

Um abraço,

Marta Melo - Consultora Programa Alagoas Design

Entrevista de Janete Costa para A CASA

Caros,
No último boletim da ONG A CASA, foi publicada uma entrevista com a arquiteta Janete Costa, reproduzida abaixo.

Você acha que o artesanato está em crise, ele está chegando perto do fim? Tem gente que fala que o artesanato vai acabar, porque isso é coisa do passado, isso é coisa que não existe mais, como você enxerga isso?
No Brasil não é. Enquanto houver pobreza e necessidade, a necessidade de fazer para usar (utilitários) - porque nem todos os lugares do Brasil têm o suficiente na indústria para essa gente pobre consumir - o artesanato vai continuar existindo. Por exemplo, em muitos lugares a panela de alumínio não chega à cozinha de uma certa população. As embalagens, em determinados lugares do Piauí, ainda são todas feitas com palha, com cesta. É mais barato para eles fazer uma cesta para carregar frutas do que comprar uma caixa. Então enquanto houver essa necessidade e a necessidade também do fazer, como o crochê, o bordado, o artesanato vai existir. As pessoas têm a necessidade não somente de ter, mas de fazer. É uma necessidade inerente ao ser humano, querer fazer as coisas.


Vocês podem acessar o conteúdo dessa e outras matérias através do site http://www.acasa.org.brEntrevista de Janete Costa para A CASA, em 08/08/2008

Fonte - http://www.acasa.org.br