28/05/2008

“Valorizar a Marca Brasil é um dos desafios da II Bienal Brasileira de Design”


Pensar hoje o que será discutido no amanhã, um desafio proporcionado nos debates organizados pelo Grupo de Estudos SER DESIGNER GRÁFICO.
03/04/2008
“Valorizar a Marca Brasil é um dos desafios da II Bienal Brasileira de Design”

O presidente-fundador do MBC, Jorge Gerdau Johannpeter, pretende valorizar a cultura brasileira nesta edição da Bienal que acontece de 8 de outubro a 5 de novembro de 2008, em Brasília. O Movimento Brasil Competitivo (MBC), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Governo do Distrito Federal com o apoio da FIAT, lançaram nessa quarta-feira (2/4), em Brasília/DF, a II Bienal Brasileira de Design. A exposição acontecerá de 8 de outubro a 5 de novembro de 2008, no Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília.
O evento de lançamento contou com a presença do presidente-fundador do MBC, Jorge Gerdau Johannpeter; do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Reginaldo Arcuri; do curador da exposição, Fábio Magalhães; do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e do presidente da Fiat e presidente da II Bienal Brasileira de Design, Cledorvino Belini.
Jorge Gerdau Johannpeter enfatizou a importância do design na valorização da identidade brasileira. "Valorizar a Marca Brasil é um dos desafios desta segunda Bienal. Essencial para a competitividade num mercado cada vez mais dinâmico e exigente. O design é um excelente espaço para a criatividade dos brasileiros. Em termos operacionais, nosso desafio é perpetuar este projeto tendo o design, a tecnologia e a inovação como estratégicos na construção da competitividade", declarou Gerdau.
Cledorvino Belini observou que a Fiat apóia e patrocina com muito orgulho a II Bienal Brasileira de Design, cujo tema geral é a convergência entre arte e tecnologia. "O Grupo Fiat ocupa posição de liderança em vários setores, justamente pela reconhecida capacidade de fazer a junção entre design e tecnologia, em um arco que se estende da tecnologia automotiva à arte de mestres do design, como o consagrado Giorgetto Giugiaro, designer de vários veículos do grupo", destacou Belini. Para ele, a Bienal é a oportunidade de mostrar ao Brasil e ao exterior o talento que agrega valor aos bens e serviços produzidos no Brasil.
O presidente da Agência Brasileira para o Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, representando o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, declarou que projetos como o da Bienal de Design marcam o momento vivido pelo País. "A Bienal é parte da nova política industrial do Brasil, capaz de transformar suprindo as necessidades dos consumidores destacando a brasilidade", disse Arcuri.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, saudou o fato da Bienal acontecer em Brasília, justamente quando a cidade se aproxima do cinqüentenário. "Com 48 anos de existência, Brasília foi símbolo de mudança, pois foi inaugurada no mesmo período da revolução industrial, da construção de estradas e da interiorização do desenvolvimento. Hoje, une arte e tecnologia e mais uma vez inova e se destaca", discursou Arruda.

"O desafio na criação de um design brasileiro está na combinação de fatores externos com nossa realidade específica. O designer brasileiro, em sua visão de mundo, deve levar em consideração nossos valores e particularidades culturais, as características de nossa produção industrial e de nosso modo de consumir. Sem prescindir dos avanços tecnológicos, é a partir do domínio de nossos meios, de nossa singularidade que iremos atingir expressão com identidade própria, característica que nos fortalecerá na competição internacional, sobretudo dentro de um mundo globalizado. As Bienais de Design devem indagar também sobre os valores que apontam para a existência de uma identidade própria no design brasileiro, ou seja, para objetos com memória cultural e que, ao mesmo tempo, falem o idioma global", ressaltou o curador da II Bienal Brasileira de Design, Fabio Magalhães.

A II Bienal Brasileira de Design é uma realização do Movimento Brasil Competitivo, do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Governo do Distrito Federal, com patrocínio Máster da Fiat Automóveis. A Bienal conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); do Grupo Gerdau; do Ministério da Ciência e Tecnologia, através da FINEP; da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura; e com a parceria da Escola de Design da Unisinos e TV Unisinos.

Nesta edição, a Bienal terá como foco o design industrial voltado à produção em grande escala, como produtos utilitários nas indústrias automobilística, aeronáutica, de máquinas agrícolas, de equipamentos hospitalares, assim como de produtos voltados para pequenas e médias escalas de produção, priorizando a qualidade e a execução dos projetos. Será explorada a convergência entre cultura, arte e tecnologia em prol do design para a competitividade da produção nacional. A programação prevê uma série de atividades como workshops, seminários, exposição, laboratórios, entre outras ações relacionadas ao tema. O principal objetivo é o fortalecimento da Marca Brasil, projetando a diversidade e a criatividade brasileiras no mercado interno e externo e contribuindo para o aumento da competitividade das empresas nacionais.
Outro destaque da II Bienal será o design artesanal e de jóias, produtos que já abriram espaço no mercado internacional, principalmente pelo diferencial de ter "a cara brasileira", mostrando, assim, a qualidade dos profissionais e produtos nacionais.
A primeira edição da Bienal Brasileira de Design foi realizada em junho de 2006, no espaço OCA do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e recebeu a visita de cerca de 35 mil pessoas, contemplando profissionais da área, estudantes, empresários e público em geral.
Fonte: Enfato Comunicação Empresarial
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* O conteúdo deste texto é de inteira responsabilidade da fonte citada, a quem corresponde a origem das informações citadas nesta matéria.
Fonte: Enfato Comunicação Empresarial

26/05/2008

Definitions



What is Design?Design is the identifying of a problem and the intellectual creative effort of an originator, manifesting itself in drawings or plans which include schemes and specifications.
What is Information Design? Information design is the defining, planning, and shaping of the contents of a message and the environments it is presented in with the intention of achieving particular objectives in relation to the needs of users. At this point of the development IIID is concerned with the design of visual information but it could in the future include the design of information other than visual one.
The qualities required of information designersTo design professionally information designers should
1. be able to think both innovatively and systematically
2. be as well informed as is necessary about the subject area they are working in
3. be knowledgeable about both the communicative features of the components of visual messages and their interrelationships
4. know the relevant customs, conventions, standards, regulations and their underlying theories
5. be familiar with the technical requirements of the communications media, specifically visual ones
6. be familiar with human communication capabilities with regard to perceiving, cognitive processing and responding to information using all senses
7. be able to consider the possible benefits of the communicated information to the users
8. be knowledgable about the creation of pictures and text, static and animated, as well as information other than visual one for the facilitation of task related activities and how they can be balanced to achieve optimal effects
9. be able to design information in a formal interesting and attractive way to conjure attention highly adequate to the communicative purpose of the message
10. understand to make information and information systems interactive in such a way that adjustments governed by changing requirements can be made, should this be desirable to safeguard the continuing use of the information
11. be able to communicate effecively in both their mother tongue and English
12. understand the capabilities of support sciences - such as cognitive psychology, linguistics, social and political sciences, computer science, statistics - and be able to co-operate with specialists to evaluate and improve the design of messages with due regard of different cultural sensitivities of the user
13. have a detailed knowledge of the cost factors relating to the various design stages and their implementation
14. render their services in a format that corresponds both with the value they represent to the clients and the conventions required by them15. behave in a responsible manner with regard to the needs of the target users and society as a whole.



General Information

The main concern of the International Institute for Information Design (IIID) is to contribute to a better understanding within the human community with respect to cultural and economic issues by means of improved visual communication. Special attention is paid to the potential of graphic information design to overcome both social and language barriers.

IIID endeavours to develop information design as an independent interdisciplinary field of knowledge and professional activities, to document and to make generally accessible specifically relevant information, to do research within its possibilities and in co-operation with its members and to find new ways of educating information designers.

The aims of IIID are to be achieved by interdisciplinary and international co-operation.

IIID focuses on the following subjects:
— Information design for business communications
— Information design for product development
— Information design for orientation in the environment — Information design for training and education
— Information design for the better understanding of scientific knowledge.

IIID is affiliated to the International Council of Graphic Design Associations (ICOGRADA) and co-operates with an number of other national and international organizations, interested in information design. IIID is recommended by UNESCO as a partner organization for world wide co-operation on matters of information design (Resolution 4.9 of the 28th General Conference of UNESCO, 1995, Paris).
IIID publishes its newsletter in English and communicates in English and German. Other languages will be considered, funds permitting.
Members receive ID News and participate in the international exchange of ID relevant information.


Colaborador - Antonio Oliveira

17/05/2008

CONCEITOS DE DESIGN



Agradecimentos ao nosso amigo Bruno Vasco pela indicação do site.

http://www.lsc.ufsc.br/~edla/design/etimologia.htm
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Para se fazer um bom design é necessário conhecer muito bem o produto que se está trabalhando, dominar técnicas e ter bom senso para aplicar o seu conhecimento na hora de expressar as suas idéias. Um bom designer deve saber escutar, observar e destacar coisas que pessoas comuns não percebem, deve procurar expressar suas idéias através de formas e cores, a fim de mostrar o óbvio sem ser óbvio.

Abaixo, selecionamos alguns conceitos de Designers famosos:

Projetar a forma significa coordenar, integrar e articular todos aqueles fatores que, de uma maneira ou de outra, participam no processo constitutivo da forma do produto (...) Isto se refere tanto a fatores relativos ao uso, fruição e consumo individual ou social do produto (fatores funcionais, simbólicos ou culturais) quanto aos que se referem à sua produção (fatores técnico-econômicos, técnico-construtivos, técnico-sistemáticos, técnico-produtivos e técnico-distributivos)
(ICSID, 1958)

Design é uma atividade projetual que consiste em determinar as propriedades formais dos objetos a serem produzidos industrialmente. Por propriedades formais entende-se não só as características exteriores, mas, sobretudo, as relações estruturais e funcionais que dão coerência a um objeto tanto do ponto de vista do produtor quanto do usuário.
(Tomás Maldonado, 1961)

O que se exige para poder considerar que um objeto pertence ao desenho industrial é: 1) a sua fabricação em série; 2) a sua produção mecânica, e 3) a presença nele de um quociente estético, devido ao fato de ter sido inicialmente projetado e não a uma sucessiva intervenção manual. Eis por que razão não é lícito pensar em desenho industrial em relação aos objetos pertencentes a épocas anteriores à revolução industrial, (...) em cuja base existe sempre um momento de projeto, de criação pelo desenho, e um momento repetitivo de produção mecanizada e em série.
(Gillo Dorfles, 1963)

Design é o processo de adaptação do entorno objetual às necessidades físicas e psíquicas dos indivíduos da sociedade. (...) Design de produto é o processo de adaptação de produtos de uso de fabricação industrial às necessidades físicas e psíquicas dos usuários e grupos de usuários.
(Bernd Löbach, 1976)

O desenho industrial é uma atividade projetual, responsável pela determinação das características funcionais, estruturais e estético-formais de um produto, ou sistemas de produtos, para fabricação em série. É parte integrante de uma atividade mais ampla denominada desenvolvimento de produtos. Sua maior contribuição está na melhoria da qualidade de uso e da qualidade estética de um produto, compatibilizando exigências técnico-funcionais com restrições de ordem técnico-econômicas.
(Gui Bonsiepe, 1982)

Design é a tentativa de conjugar a satisfação do cliente com o lucro da empresa, combinando de maneira inovadora os cinco principais componentes do design: performance, qualidade, durabilidade, aparência e custo. O domínio do design não se limita aos produtos, mas inclui também sistemas que determinam a identidade pública da empresa (design gráfico, embalagens, publicidade, arquitetura, decoração de interiores das fábricas e dos pontos de vendas).
(Philip Kotler, 1989)

O design é o domínio no qual se estrutura a interação entre usuário e produto, para facilitar ações efetivas. Design industrial é essencialmente design de interfaces.
(Gui Bonsiepe, 1992)

O design é uma atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de objetos e mensagens visuais que equacionem sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos, que atendam concretamente às necessidades humanas.
(Projeto de Lei nº 1.965, de 1996, que visa regulamentar a profissão no Brasil)

Design é uma atividade criativa cujo propósito é estabelecer as qualidades multi-facetadas de objetos, processos, serviços e seus sistemas de ciclos de vida. Assim, design é o fator central da humanização inovadora das tecnologias e o fator crucial das trocas econômicas e culturais. (...) Design trata de produtos, serviços e sistemas concebidos através de ferramentas, organizações e da lógica introduzidas pela industrialização – não somente quando são produzidos em série.
(ICSID, 2000)

Design gráfico é uma atividade intelectual, técnica e criativa concernente não somente à produção de imagens, mas à análise, organização e métodos de apresentação de soluções visuais para problemas de comunicação. Informação e comunicação são as bases de um modo de vida global interdependente, seja na esfera dos negócios, cultural ou social. Ao designer gráfico cabe a tarefa de fornecer respostas aos problemas de comunicação de todo tipo em todos os setores da sociedade.
(Icograda, 2001)


DESIGN É ARTE, CIÊNCIA OU TECNOLOGIA?


(Design-Ciência) Design não é e nem será uma ciência. Houve muita inserção de teorias e de um desenvolvimento metodológico acentuado especialmente durante a década de 60. A tendência dessas contribuições (Teoria dos conjuntos, Teoria dos Sistemas, Teoria da Informação, Teoria da Tomada de Decisões, métodos da ergonomia psicanálise e da psicologia) era a de separar o Design da esfera das artes de aproximá-lo da ciência, aperfeiçoar as atividades e de conferir-lhe maior rigor técnico e metodológico.

(Design-Arte) Design não é e nem será arte. Não há justificativa para uma interpretação do design como uma atividade artística, supostamente intuitiva. A arte, através de seus arquétipos há muito hegemônicos (pintura, escultura, desenho etc.), não é a única possibilidade da experiência estética. O mundo do design está ligado ao da estética, mas não necessariamente ao da arte.
(Gui Bonsiepe)




Baseado no material do professor de Design da Universidade Anhembi Morumbi -
Andrej Grujic

15/05/2008

Curiosidades de Alguns Produtos

Caros Colegas do Grupo de Estudos SER DESIGNER GRÁFICO,

Visitei o blog de vocês e acho que o site www.geekchic.com.br é bem interessante.

Acho que vão gostar. Pode ser incluído entre os links recomendados.

Sérgio Coutinho
coutinho2@gmail.com

http://sociologiadodireito.blogspot.com
http://mundoemmovimentos.blogspot.com/

13/05/2008

Um pouco de História

Design também é história. Fotos antigas de Alagoas - http://picasaweb.google.com/golberylessa

Agradecimentos ao Ilustre Professor Sergio Coutinho

Colaborador Antonio Oliveira

09/05/2008

D&AD de 2008

Os ganhadores do Categoria Graphic Design
Segue o link.. posta ai pra o pessoal.

http://www.dandad.org/awards08/category.asp?category_no=21

Tem várias outras categorias também.
Vale a pena.
abraço

--

Atenciosamente,

Lucas Maia
lucas@clorus.com
Fone: +55 82 3035 2502 / Cel: +55 82 8802 8281

CLORUS CREATIVE STUDIO LTD. | www.clorus.com

08/05/2008

Arte como sintoma: Hegel

A RESPOSTA DE HEGEL

Um filósofo alemão do século XIX, Hegel, ofereceu uma solução para o problema do inatismo e do empirismo posterior à de Kant.
Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. A todos endereçou a mesma crítica, qual seja, a de não haverem compreendido o que há de mais fundamental e de mais essencial à razão: a razão é histórica.

De fato, a Filosofia, preocupada em garantir a diferença entre a mera opinião ("eu acho que", "eu gosto de", "eu não gosto de") e a verdade ("eu penso que", "eu sei que", "isto é assim porque"), considerou que as idéias só seriam racionais e verdadeiras se fossem intemporais, perenes, eternas, as mesmas em todo tempo e em todo lugar. Uma verdade que mudasse com o tempo ou com os lugares seria mera opinião, seria enganosa, não seria verdade. A razão, sendo a fonte e a condição da verdade, teria também que ser intemporal.
É essa intemporalidade atribuída à verdade a à razão que Hegel criticou em toda a Filosofia anterior.

Ao afirmar que a razão é histórica, Hegel não está, de modo algum, dizendo que a razão é algo relativo, que vale hoje e não vale amanhã, que serve aqui e não serve ali, que cada época não alcança verdades universais. Não. O que Hegel está dizendo é que a mudança, a transformação da razão e de seus conteúdos é obra racional da própria razão. A razão não é uma vítima do tempo, que lhe roubaria a verdade, a universalidade, a necessidade. A razão não está na História; ela é a História. A razão não está no tempo; ela é o tempo. Ela dá sentido ao tempo.

Hegel também fez uma crítica aos inatistas e aos empiristas muito semelhante à que Kant fizera.
Ou seja, inatistas e empiristas acreditam que o conhecimento racional vem das próprias coisas para nós, que o conhecimento depende exclusivamente da ação das coisas sobre nós, e que a verdade é a correspondência entre a coisa e a idéia da coisa.

Para o empirista, a realidade "entra" em nós pela experiência. Para o inatista a verdade "entra" em nós pelo poder de uma força espiritual que a coloca em nossa alma, de modo que as idéias inatas não são produzidas pelo próprio sujeito do conhecimento ou pela própria razão, mas são colocadas em nós por uma força sábia e superior a nós (como Deus, por exemplo). Assim, o conhecimento parece depender inteiramente de algo que vem de fora para dentro de nós. No caso dos inatistas, depende da divindade; no caso dos empiristas, depende da experiência sensível.
Inatistas e empiristas se enganaram por excesso de objetivismo, isto é, por julgarem que o conhecimento racional dependeria inteiramente dos objetos do conhecimento.

Mas Kant também se enganou e pelo motivo oposto, isto é, por excesso de subjetivismo, por acreditar que o conhecimento racional dependeria exclusivamente do sujeito do conhecimento, das estruturas da sensibilidade e do entendimento.

A razão, diz Hegel, não é nem exclusivamente razão objetiva (a verdade está nos objetos) nem exclusivamente subjetiva (a verdade está no sujeito), mas ela é a unidade necessária do objetivo e do subjetivo. Ela é o conhecimento da harmonia entre as coisas e as idéias, entre o mundo exterior e a consciência, entre o objeto e o sujeito, entre a verdade objetiva e a verdade subjetiva.

O que é afinal a razão para Hegel?

A razão é:

1.o conjunto das leis do pensamento, isto é, os princípios, os procedimentos do raciocínio, as formas e as estruturas necessárias para pensar, as categorias, as idéias - é razão subjetiva;
2.a ordem, a organização, o encadeamento e as relações das próprias coisas, isto é, a realidade objetiva e racional - é razão objetiva;
3.a relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as leis do real.

Ela é a unidade da razão subjetiva e da razão objetiva.

Por que a razão é histórica?

A unidade ou harmonia entre o objetivo e o subjetivo, entre a realidade das coisas e o sujeito do conhecimento não é um dado eterno, algo que existiu desde todo o sempre, mas é uma conquista da razão e essa conquista a razão realiza no tempo. A razão não tem como ponto de partida essa unidade, mas a tem como ponto de chegada, como resultado do percurso histórico ou temporal que ela própria realiza.

Qual o melhor exemplo para compreender o que Hegel quer dizer? Vimos que os inatistas começaram combatendo a suposição de que opinião e verdade são a mesma coisa. Para livrarem-se dessa suposição, o que fizeram eles? Disseram que a opinião pertence ao campo da experiência sensorial, pessoal, psicológica, instável e que as idéias da razão são inatas, universais, necessárias, imutáveis.

Os empiristas, no entanto, negaram que os inatistas tivessem acertado, negaram que as idéias pudessem ser inatas e fizeram a razão depender da experiência psicológica ou da percepção. Ao faze-lo, revelaram os pontos fracos dos inatistas, mas abriram o flanco para um problema que não podiam resolver, isto é, a validade das ciências.

A filosofia kantiana negou, então, que inatistas e empiristas estivessem certos. Negou que pudéssemos conhecer a realidade em si das coisas, negou que a razão possuísse conteúdos inatos, mostrando que os conteúdos dependem da experiência; mas negou também que a experiência fosse a causa da razão, ou que esta fosse adquirida, pois possui formas e estruturas inatas. Kant deu prioridade ao sujeito do conhecimento, enquanto empiristas e inatistas davam prioridade ao objeto do conhecimento.

Que diz Hegel? Que esses conflitos filosóficos são a história da razão buscando conhecer-se a si mesma e que, graças a tais conflitos, graças às contradições entre as filosofias, a Filosofia pode chegar à descoberta da razão como síntese, unidade ou harmonia das teses opostas ou contraditórias.

Em cada momento de sua história, a razão produziu uma tese a respeito de si mesma e, logo a seguir, uma tese contrária à primeira ou uma antítese. Cada tese e cada antítese foram momentos necessários para a razão conhecer-se cada vez mais. Cada tese e cada antítese foram verdadeiras, mas parciais. Sem elas, a razão nunca teria chegado a conhecer-se a si mesma. Mas a razão não pode ficar estacionada nessas contradições que ela própria criou, por uma necessidade dela mesma: precisa ultrapassa-las numa síntese que una as teses contrárias, mostrando onde está a verdade de cada uma delas e conservando essa verdade. Essa é a razão histórica.


CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
(Este e outros trechos do livro disponíveis em: http://www.discursus.hpg.com.br/javanes/filocont.html)

Estética - Profa. Carol Gusmão

O que é Design Gráfico?

Partirei do pressuposto de que o Design Gráfico é uma ramificação do desenho industrial (Design), integrante da habilitação em programação visual (antigamente, Comunicação Visual), conforme determina o MEC.

Essa integração da comunicação visual ao desenho industrial se deu possivelmente visando uma formação mais adequada ao profissional, que há de desenvolver mensagens visuais que equacionam sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos, que atendam concretamente às necessidades humanas.

O Design Gráfico se dá em planos bidimensionais e é voltado para a impressão. Seu surgimento remete aos tempos da Revolução Industrial, quando aflorou a necessidade da comunicação visual para informar as pessoas vindas do campo (muitas delas não alfabetizadas) para trabalhar nas fábricas dos grandes centros urbanos.


A ICOGRADA (Internacional Council of Grafic Design Associations)afirma que o Design Gráfico é uma atividade técnica de análise, organização e métodos de apresentação de soluções visuais para problemas de comunicação.

A ADG (Associação dos Designers Gráficos do Brasil) classifica o Design Gráfico como um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, idéias e conceitos a fim de informar, identificar, sinalizar, organizar, estimular, persuadir e entreter, resultando na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

O professor e designer gráfico André Villas-Boas endossa a idéia original de que o Design Gráfico é uma sub-área da programação visual e que junto com o projeto de produto, são habilitações do Design ou desenho industrial e afirma que:

"Design Gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional específicas que tratam da organização formal de elementos visuais (tanto textuais quanto não-textuais) que compõem peças gráficas para reprodução, que são reproduzíveis e que têm um objetivo expressamente comunicacional." (VILLAS-BOAS, 1999)

Vale a pena salientar que o Design Gráfico não está sozinho dentro do desenho industrial. Existem duas grandes vertentes do Design, o Design (ou projeto) de produtos, que tem por objetivo o desenvolvimento de projetos de produtos e utensílios tridimensionais e a comunicação visual, que compreende o Design Gráfico e outras sub-áreas, como o design de embalagens, que também possui fundamentos do projeto de produtos e o design multimídia, que é voltado para ambientes digitais como a web, jogos e televisão, entre outros.


Segundo Villas-Boas, o Design vive hoje uma grande crise ocasionada pela diversificação de seus parâmetros conceituais de projeto decorrentes da exaustão dos cânones firmados ao longo do século e pela vulgarização da massificação de sua prática advinda da informatização.

Fato é que existem atualmente diversos cursos de formação em Design Gráfico e outras novas modalidades de Design e a antítese disso é não haverregulamentação governamental para a profissão.

Isso dificulta ainda mais uma definição precisa do termo e o que ele compreende. Fazendo uma alusão a Gombrich, seria difícil afirmar que não existe design, e sim, designers.

Brincadeiras à parte, me arrisco em afirmar que o Design Gráfico é uma atividade projetual, funcional, comunicacional, comercial, visual e reproduzível intencionalmente por meios mecânicos.
Espero que as definições supracitadas posicionem o leitor de uma forma clara sobre o tema e impulsione novas pesquisas e discussões sobre o assunto.

Bibliografia
ADG do Brasil. Design Gráfico. Disponível em: <http://www.adg.org.br/html/mod
_design_grafico.asp
>Acessado em setembro de 2006.
AZEVEDO, Wilton. Os Signos do Design. SP. Global, 1994.
VILLAS-BOAS, André. O que [é e o que nunca foi] Design.Rio de Janeiro. Ed. 2 AB. 1999.
Marcos Paes de BarrosOrientador dos Cursos de "Design Gráfico" e "História do Design" da ABRA

O que é Design?

Muito se discute sobre a suposta etimologia do termo "Design", entretanto, ela surge em nosso cotidiano quase como um vocábulo coringa que agrupa e dá status a atividades que a princípio não tem necessariamente relações diretas com a palavra.Neste artigo, pretende-se desmistificar a origem e aplicação do termo a fim de ampliar a capacidade de aglutinar conhecimentos específicos sobre o tema, de modo que o leitor seja capaz de desenvolver seu entendimento de modo livre a partir de dados científicos e acadêmicos.Partiremos da convenção de que a tradução mais aceita para a palavra "Design" é o termo "Desenho Industrial", considerando os postulados estéticos de Kant e as análises dos empiristas ingleses sobre a beleza e a funcionalidade (DORFLES, 2002), endossados pela nomenclatura atribuída aos cursos de formação de nível superior pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) no Brasil desde o tempo da ESDIRJ até os dias de hoje.A ICSDI (Internacional Council of Societies of Industrial Design), entidade fundada em 1957, em Paris, que reúne sociedades e associações profissionais em todo o mundo, dedicadas a promover o desenvolvimento da sociedade industrial, discrimina o termo Desenho Industrial como vemos no texto a seguir:

"Desenho Industrial é uma atividade no extenso campo da inovação tecnológica, uma disciplina envolvida nos processos de desenvolvimento de produtos, ligada a questões de uso, produção, mercado, utilidade e qualidade formal ou estética dos produtos". (ICSDI apud CUNHA, 2000)

Segundo o autor italiano Gillo Dorfles, o Design surgiu como o que conhecemos hoje por Desenho Industrial a partir da Revolução Industrial, a partir da necessidade de produção para suprir a demanda dos grandes centros urbanos em expansão. O surgimento foi alavancado com invenções como a máquina a vapor de James Watt em 1776 e o tear mecânico de Edmond Cartwright em 1785, que possibilitariam a produção em série.

Segundo o mesmo autor, desde o início, o Design é produzido por meios mecânicos, em série e por meio de uma atividade projetual, diferenciando-o de outras atividades como o artesanato, por exemplo, que é produzido manualmente, resultando em peças únicas e para suprir a ausência da atividade projetual presente no Design, transformando possíveis erros na produção em adornos.O Design possui atualmente, no Brasil e no mundo, diversas ramificações, dentre elas o Design Gráfico, que compreende a comunicação e programação de espaços visuais e bidimensionais visando à impressão; o Design de Produtos, que tem por objetivo o desenvolvimento de projetos de produtos e utensílios; o Design de Embalagens, que mescla características das duas anteriores e o Design Multimídia, que é voltado para ambientes digitais como a web, jogos e televisão, entre outros.O deputado Eduardo Paes, em seu projeto de lei n° 2.621 de 2003 para a regulamentação da profissão de desenhista industrial, afirma que:


"Art.1º - Desenhista industrial é todo aquele que desempenha atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de objetos e mensagens visuais que equacionam sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos que atendam concretamente às necessidades humanas."

"Parágrafo Único - Os projetos de desenhista industrial são aptos à seriação ou industrialização que mantenha relação com o ser humano quanto ao uso ou percepção, de modo a atender necessidades materiais e de informação visual."

O MEC classifica o Desenho Industrial como ciência social aplicada, ou seja, a área abriga as ciências cujos conhecimentos impactam na vida humana do ponto de vista coletivo. O aproveitamento do Desenho Industrial como ciência social aplicada, está atrelado a outras áreas especificas do conhecimento distendendo-se de forma multidisciplinar.Design não é arte, não é artesanato, não é publicidade, não é arquitetura e nem informática. Apesar dessa multidisciplinaridade, o Design prevalece como uma ciência autônoma que se faz valer da tecnologia e de outros aspectos em comum como, por exemplo, as ferramentas gráficas da informática, a influência e relações com os períodos históricos artísticos ou das pesquisas e fundamentações do marketing.O Design é uma ciência relativamente nova que promove relações com outras ciências, talvez essa seja uma das dificuldades em rotulá-lo de forma eficaz e indiscutível e até mesmo regulamentá-lo como uma profissão soberana e autônoma. No Brasil, a maioria dos grandes projetos é oriunda de países com um maior desenvolvimento e encomendados pelas empresas multinacionais, que detêm grandes parcelas do setor industrial.
Sobre a atividade projetual do Design, Rafael C. Denis afirma que o termo "Design" carrega uma ambigüidade em seu sentido no qual há um desdobramento entre opostos. Ao mesmo tempo em que compreende o ato abstrato de designar, criar e conceber, o Design também abrange o desenho, as especificações e o registro das idéias de um modo concreto resultando naquilo que ele define como projeto.Vale a pena salientar que muitos acreditam que a palavra "desenho" tem essa mesma dualidade, sendo auto-suficiente como tradução do termo original inglês. Wilton Azevedo, professor e Designer Gráfico brasileiro, apresenta um ponto muito interessante quando diferencia a arte do Design por meio de seu caráter de intencionalidade de reprodução em série, talvez porque o caráter projetual (tão abordado até aqui) está presente em ambos.Sendo assim, afinal, o que é Design?Não irei fazer nenhuma conclusão que poderia ter uma conotação simplista sobre o termo, pois sinceramente espero que essas definições complementem e abram caminho para novas pesquisas, propiciando que o Design possa atingir novos patamares como ciência, evoluindo e se inovando com o tempo.

No Brasil há uma carência e certa aversão à complementação teórica, sobretudo no Design, que por muitos ainda é visto como o simples ato de manipular imagens ou uma arte decorativa.

Bibliografia

AZEVEDO, Wilton. O que é Design. São Paulo. Ed. Brasiliense, 1998.CUNHA, Frederico Carlos da. A Proteção Legal do Design: Propriedade Industrial. Rio de Janeiro. Editora Lucerna, 2000.DENIS, Rafael Cardoso. Uma introdução à história do design. SP. Ed. Edgard Blücher,2000.
DORFLES, Gillo. O Design Industrial e a sua estética. SP. Ed. Presença, 1991.DORFLES, Gillo. Introdução ao Desenho Industrial. Lisboa. Edições 70, 2002.HESKETT, John. Desenho Industrial. Rio de Janeiro. Ed. José Olímpio / UNB, 1997.Marcos Paes de BarrosOrientador dos Cursos de "Design Gráfico" e "História do Design" da ABRA

Globo ganha nova programação e novo "logo".

Programação da Globo estréia com muitas novidades. Uma delas é o novo logotipo, criado pela equipe do designer Hans Donner.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM809567-7823-GLOBO+GANHA+NOVA+PROGRAMACAO+E+NOVO+LOGO,00.html


Colaborador e Aluno - Antonio Oliveira

Dentro e fora do Design.

Das palavras, das formas, do belo e do funcional, além da intencionalidade das cores a busca pela definição de design não se faz de modo simples, mas na tentativa de refinar e transformar às necessidades em propostas criativas para o cotidiano. Podemos encontrar uma infinidade de possíveis definições, ou seja, o Design busca na sua essência oferecer soluções para os desejos do homem e duma vida melhor.

Esses vídeos apresentam explicações, ou não, sobre o que é Design.

Assistam e tirem suas conclusões sobre os mitos ou verdades sobre Design Gráfico.


Você sabe o que é design?
http://www.youtube.com/watch?v=A2N4A_woS64&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=NfhFl3C78sk&NR=1

Design na boca do povo!
http://www.youtube.com/watch?v=tZ-rYHBc-2w&feature=related

Documentário 1 e 2 sobre Design Gráfico

http://www.youtube.com/watch?v=z5ooek46BCQ&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=kH9jZW0G-M8

Design?

http://www.youtube.com/watch?v=0sSnbpURbMw&feature=related

Colaborador - Antonio Oliveira

Ps.: "Só sei que nada sei". Sócrates