26/10/2008

1ª Semana de Design Gráfico


No período de 10 a 14 de novembro, acontece na Faculdade ESAMC/Maurício de Nassau a , com o tema “Prazer, sou o Design Gráfico”. O evento é composto por uma exposição de trabalhos de alunos do curso de Design Gráfico e de profissionais da área convidados, além de um ciclo de palestras que conta com a participação dos designers Cadu Primola e Lucas Souto e do ilustrador Pedro Lucena. A exposição será aberta ao público e as palestras ocorrerão todos as noites às 19:00 no auditório da faculdade. http://davizinhop.blogspot.com/

25/09/2008

Marcas para amar


Marcas para amar - Kevin Roberts
Fonte - http://ar.hsmglobal.com/notas/34969-marcas-amar

Kevin Roberts afirma que a los consumidores ya no les importan las frases “más barato”, “más fuerte”, “más grande”; quieren entablar una relación afectiva con el producto o servicio. Por eso, las marcas que llegan al corazón del cliente tienen éxito en todas partes del mundo, como demuestran los casos de Apple y Adidas.Las grandes marcas sólo sobrevivirán si crean lealtad más allá de la razón, sólo así podrán diferenciarse de las millones de insulsas marcas sin futuro —explica Kevin Roberts, presidente ejecutivo de Saatchi & Saatchi—. El secreto está en el uso del misterio, la sensualidad y la intimidad. Del compromiso con estos tres poderosos conceptos surgen las lovemarks, el futuro más allá de las marcas.” Dinámico y brillante, Roberts sostiene que las marcas se han “desinflado” y, por ese motivo, el amor se ha vuelto crucial para el éxito de las empresas. Dicho de otro modo, es fundamental que las empresas creen productos y experiencias que sean capaces de entablar vínculos emocionales de larga duración con sus consumidores.
“La idea de que las lovemarks pertenecen a sus consumidores, y no a las empresas, es clave —continúa—.A los consumidores ya no les importan las frases “más barato”, “más fuerte”, “más grande”; quieren entablar una relación afectiva con el producto o servicio. Por eso, las marcas que llegan al corazón del cliente tienen éxito en todas partes del mundo, como demuestran los casos de Apple y Adidas. Por Kevin Roberts presarial que cree fervientemente que las relaciones emocionales y las personas inspiradoras pueden cambiar el mundo.”
La premisa es que la gente está cansada de que todo sea parecido. En los deportes, los equipos son commodities; en la moda todo es igual. “Vamos al supermercado y pasamos la peor experiencia de nuestra vida; cualquier shampoo elimina la caspa y deja el pelo brillante. No hay una cerveza ‘mala’, aunque todas emborrachan. Si uno toma Pepsi o Coca-Cola, seguramente recibirá el mismo golpe refrescante de azúcar y burbujas. A los consumidores ya no les importan las frases ‘más barato’, ‘más blanco’, ‘más fuerte’, ‘más grande’. Necesitan conectarse con las emociones, crear una relación.
Una lovemark es una marca que superó el eje del respeto”, explica Roberts. Algunos ejemplos de lovemarks son Adidas y Apple. Roberts confiesa que nunca usaría otra computadora que no fuera una iMac: “Soy fiel a Steve Jobs, porque siento que los productos de Apple fueron diseñados sólo para mí”, agrega. Según el CEO de Saatchi & Saatchi, tres palabras bastan para definir una lovemark: misterio, sensualidad e intimidad. Lo que dijo respecto de Apple tiene que ver con la intimidad. Otra manera de expresarlo sería la siguiente: “Esto es un club, y es sólo para mí y para las personas como yo. Cuando veo a alguien con un iPod en un aeropuerto, tiendo a acercarme a esa persona”. Apple también es sensual. “Recuerdo cuando presentó la iMac en cinco colores diferentes —dice Roberts—. Antes de eso, las computadoras solían ser beige. Iba en mi auto y vi ese cartel enorme el día del lanzamiento. Tenía cinco colores, frutilla, uva, y no recuerdo los otros. Debajo de las fotos de las computadoras sólo había una palabra: ‘Mmm...’. ¿Mmm…? ¿Para vender una computadora? Quise detenerme y pasarle la lengua al aviso. La marca estaba apelando a mi sentido del gusto.”
De la teoría a la práctica Roberts aplica las ideas sobre lovemarks en la agencia de publicidad Saatchi & Saatchi. “Compramos la empresa hace seis años —dice—. Empezamos con un sueño: ser el invernadero de las ideas que cambiarán el mundo. Nos cambiamos el nombre de ‘agencia de publicidad’ a ‘compañía de ideas’. Pusimos el foco en crear y perpetuar lovemarks. Nuestro lema es ‘Todo es posible’. Contratamos antropólogos, sociólogos, excéntricos, autores, escritores, gente creativa y modificamos nuestra estructura de sueldos: no cobramos honorarios ni comisiones, sino un porcentajede las ventas de nuestros clientes; en P&G, por ejemplo, manejamos un negocio de US$ 2.000 millones. Es muy simple: queremos una regalía sobre todo lo que venda la empresa.” Bajo la conducción de Roberts, la agencia creó un grupo llamado “Fahrenheit 212” cuyos integrantes trabajan como “aceleradores”, y lo que les dicen a sus clientes es: “Si a ustedes les lleva uno o dos años colocar un producto en el mercado, nosotros lo haremos en tres meses, y con cada uno de sus productos.Y no queremos que nos paguen por eso. Sólo queremos el 3 por ciento de todo lo que vendan en los próximos tres años”. “Es un sistema muy efectivo y tiene que ver con cómo hacemos el negocio —concluye Roberts—. Aunque parezca sorprendente, nadie lo había hecho antes.”

13/09/2008

Bauhaus

Visitem e encontrem um pouco da história de uma das mais famosas Escola de Design do mundo. (fonte - http://tipografos.net/bauhaus/index.html )


A Bauhaus, escola fundada em 1919 na Alemanha, contribuiu de forma significativa para a definição do papel do designer.

Implementada com a missão de promover a união entre a arte e a técnica, apresentou nos seus primeiros anos de funcionamento uma orientação mais individualista, valorizando a expressão pessoal do artista na concepção do produto. Neste período, a escola começou a ocupar-se da produção de modelos de produtos para a indústria, consolidando a linguagem estética que caracteriza a Bauhaus até os dias de hoje, chamada por Maldonado "funcionalismo técnico- formalista".

Foi na Alemanha destruída pela I Guerra Mundial e frente ao desafio da reconstrução da economia do país, que, em 1919, o arquitecto Walter Gropius, tomando por base a experiência do Deutscher Werkbund, retoma, na criação da Bauhaus, a questão do artesanato e da produção industrial, cuja padronização, teme-se, poderia vir a aniquilar o talento artístico individual.
Mais que uma escola, fundou um centro de cultura que tem como objectivo a integração do ensino à indústria, superando a oposição entre trabalho manual e intelectual, arte e artesanato, arte e indústria e funcionando como um laboratório de idéias em relação à arquitectura, artes plásticas, artes gráficas e desenho de móveis e objetos domésticos, procurando conciliar o artesanato e o avanço tecnológico.
Considerado um aliado da arte e da técnica, o artesanato é visto com uma função pedagógica, como um aprendizado pelo fazer, abrindo-se para um programa que prevê o conhecimento de todos os instrumentos de trabalho e de todo o processo produtivo, desde a compreensão dos materiais, observação das formas e texturas da natureza, até o projeto e execução dos objetos.
Daí derivaria a capacidade de arquitectos e designers de projectar produtos para a indústria com qualidade estética e construtiva, do pequeno objeto ao edifício. No mobiliário, privilegiou-se essencialmente o aspecto funcional das peças em relação ao espaço, construindo-se móveis de aço e alumínio com elementos tubulares padronizados, instaurando-se assim uma nova tipologia, uma nova tecnologia e uma nova funcionalidade.
Consolidando definitivamente o significado do design industrial, a Bauhaus fez com que as peças de mobiliário fossem objectos úteis, práticos, agradáveis à vista e com um desenho adequado à produção em série, favorecendo sua viabilidade económica.
Fechada pelos Nazis em 1933, a Bauhaus prolongar-se-ia na obra de arquitectos e designers de móveis de grande aceitação pela indústria e pelo público da época e que até hoje constituem padrão de referência do mobiliário do século xx.

MANIFESTO

O propósito final de toda a actividade plástica é a construcção. Adorná-la era, outrora, a tarefa mais nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da magna arquitectura. Hoje estas estão numa situação de auto-suficiência singular, da qual só se libertarão através da consciente atuação conjunta e coordenada de todos os profissionais. Arquitectos, pintores e escultores devem novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura multiforme da construção — na sua totalidade e nas suas partes; só então as suas obras estarão outra vez plenas de espírito arquitectónico que se perdeu na arte de salão. As antigas Escolas de Arte foram incapazes de criar essa unidade, e como poderiam, visto ser a arte coisa que não se ensina? Elas devem voltar a ser oficinas. Esse mundo de desenhadores e artistas deve, por fim, tornar a orientar-se para a construção. Quando o jovem que sente amor pela actividade plástica começar como antigamente, pela aprendizagem de um ofício, o "artista" improdutivo não ficará condenado futuramente ao incompleto exercício da arte, uma vez que sua habilidade fica conservada para a atividade artesanal, onde pode prestar excelentes serviços. Arquitectos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte profissional". Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros momentos de luz que estão além de sua vontade, faz florescer inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do "saber fazer" é indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte de criação artística. Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a arrogância exclusivista que criava um muro de orgulho entre artesãos e artistas. Desejemos, inventemos, criemos juntos a nova construção do futuro, que enfeixará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita por milhões de mãos de artesãos, se alçará um dia aos céus, como símbolo cristalino de uma nova fé vindoura.
Walter Gropius — Weimar, Abril de 1919

01/09/2008

Design como uma EXPRESSÃO CULTURAL

Todo profissional do Design deviria ler isso.
Obrigado Professora Marta.
Um abraço do Nosso Grupo de Estudos.

Caros,

Folheando algumas das edições da Revista KAZA, reli uma matéria publicada no número 2 da revista com Gaetano Pesce, um dos grandes nomes do design internacional contemporâneo, quando esteve aqui no Brasil para participar do Seminário Abitare Itália 2003, promovido pelo Instituto Italiano para o Comércio Exterior.


Para ele o design "é uma EXPRESSÃO CULTURAL antes de ser uma expressão econômica. Traz questões existenciais, políticas, religiosas e costuma provocar o mercado. Os governos não entenderam ainda que os grandes recursos não são os recursos naturais de um país mas sua capacidade criativa. Depois da Primeira Grande Guerra houve uma mudaça nos custos com a produção em série, uma inovação no conceito de produção. Criou-se a possibilidade de comprar um produto com preço baixo. Mas a indústria já percebe a saturação do igual."

E explica melhor: "Hoje podemos aliar a tecnologia sofisticada e os baixos custos para que haja uma diversificação da produção industrial. No entanto, é preciso chegar a uma crise de consumo. A idéia de fazer a mesma cadeira para todo mundo era ideal, tempos atrás. Hoje, essa postura está ultrapassada. A indústria já procura essa diversisficação, que podemos chamar de personalização. Hoje o artesão tem a possibilidade de intervir na produção. Isso ainda é uma posição aleatória dentro do processo produtivo. O operário que repete o mesmo processo será coisa do passado. LOGO MAIS O OPERÁRIO SERÁ UM BRAÇO EXTENSOR DO DESIGNER."

E sobre essa interação designer e operário destaca que: "o designer irá criar uma coleção e permitirá que o operários, criem por exemplo todas as cores. HAVERÁ UMA LIBERDADE CRIATIVA. Se as pessoas não são iguais porque as cadeiras têm que ser iguais."

E conclui: "toda idéia nova é elitista no seu início. O produto será sempre inovador mas os processos serão os fatores mais importantes. O DESIGNER DEVE TRAZER NOVAS IDÉIAS E PROJETAR O NOVO, COM O USO DE NOVOS PROCESSOS E NOVOS MATERIAIS. Com isso, o próprio trabalho será testemunho de seu tempo. Devemos lembrar que a primeira dificuldade para inovação é a resistência."

A releitura me fêz compartilhar com vocês o porquê das últimas estratégias adotadas pelo Programa de Design em relação ao conceito de design que se pretende estabelecer nos desenvolvimentos dos projetos em curso.

Um abraço,

Marta Melo - Consultora Programa Alagoas Design

Entrevista de Janete Costa para A CASA

Caros,
No último boletim da ONG A CASA, foi publicada uma entrevista com a arquiteta Janete Costa, reproduzida abaixo.

Você acha que o artesanato está em crise, ele está chegando perto do fim? Tem gente que fala que o artesanato vai acabar, porque isso é coisa do passado, isso é coisa que não existe mais, como você enxerga isso?
No Brasil não é. Enquanto houver pobreza e necessidade, a necessidade de fazer para usar (utilitários) - porque nem todos os lugares do Brasil têm o suficiente na indústria para essa gente pobre consumir - o artesanato vai continuar existindo. Por exemplo, em muitos lugares a panela de alumínio não chega à cozinha de uma certa população. As embalagens, em determinados lugares do Piauí, ainda são todas feitas com palha, com cesta. É mais barato para eles fazer uma cesta para carregar frutas do que comprar uma caixa. Então enquanto houver essa necessidade e a necessidade também do fazer, como o crochê, o bordado, o artesanato vai existir. As pessoas têm a necessidade não somente de ter, mas de fazer. É uma necessidade inerente ao ser humano, querer fazer as coisas.


Vocês podem acessar o conteúdo dessa e outras matérias através do site http://www.acasa.org.brEntrevista de Janete Costa para A CASA, em 08/08/2008

Fonte - http://www.acasa.org.br

17/07/2008

Como o MEC compreende a formação em design

Como o MEC compreende a formação em design

Por - Cristina Jacó

Fonte - http://imasters.uol.com.br/artigo/8701

Sabemos que, no Brasil, o órgão máximo que regulamenta a educação e, conseqüentemente, afeta as práticas profissionais dos estudantes universitários, em tempo de formação, é o MEC - Ministério da Educação e Cultura. Fazendo uma consulta na sua base de dados, estudando suas resoluções, portarias e a própria LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, encontramos alguns achados esclarecedores, que explicam, de certa forma, o que vem acontecendo no Brasil nessas profissões do setor de design.

Sabemos que o mercado de design abrange inúmeras nomenclaturas e atividades, por exemplo: webdesign, design de interiores, design gráfico, design industrial ou design de produto, design de embalagens, design editorial, design automobilístico, design de moda, etc. Cada uma dessas áreas abrangem práticas profissionais específicas e até, de certo modo, completamente diferentes umas das outras. Enquanto para um designer gráfico, por exemplo, é importante a comunicação criativa acima de tudo (afinal papel aceita tudo), para um designer industrial é muito importante atender à indústria e seus meios de produção, considerando questões de custos e reprodutibilidade do produto, assim a criatividade louca e desenfreada acaba a segundo plano. Afinal, se criativamente uma cadeira acolchoada com pregos é inusitada e irreverente, do ponto de vista do produto, não é útil e muito menos vendável, portanto não deve ser industrializada, pois se cadeiras servem para sentar, quem vai passar horas sobre pontas de pregos?

Muitas dessas questões fazem com que cada ramo do design siga por caminhos diferentes, com pontos de vistas diversos e até conflitantes. E o MEC, como vê isso? Quanto ele determina essas especificidades das profissões de design? O que ele assumiu ser o perfil do profissional de design, quais as habilidades que ele deve desenvolver em um curso universitário e que garantias os estudantes têm sobre a qualidade da sua formação?

A graduação em design é oferecida com um currículo de duração de dois a quatro anos, recebendo um título de tecnólogo (para cursos de dois anos) ou de bacharel, que devem obrigatoriamente completar quatro anos de curso universitário. Para mais esclarecimentos e saber como a educação no Brasil está organizada consulte o site do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, sobre a responsabilidade do MEC - Ministério da Educação e Cultura, através do endereço: http://www.educacaosuperior.inep.gov.br. Os órgãos brasileiros competentes se encarregam de manter atualizadas as informações sobre a situação da educação superior, publicando, na base de dados do INEP, os cursos e as instituições com cursos aprovados, reconhecidos e recomendados pelo próprio MEC.

A partir de 2002, o MEC iniciou um processo de reavaliação e revisão das diretrizes curriculares dos cursos de graduação de nível superior, entre eles os cursos de design. Para o governo brasileiro, o estudo de ramos específicos do design, como mencionados acima, deve obedecer ao estabelecido nas diretrizes curriculares gerais, determinadas para a área de design como um todo, portanto não há uma grade curricular específica para designers de Internet, ou designers de produtos. Suas diretrizes gerais determinam um nível mínimo de qualidade para esses cursos, sobre a pena de não ser reconhecido e não possuir seu diploma validado pelo órgão máximo da educação no Brasil.

De acordo com a Resolução CNE/CES nº 5, de 8 de março de 2004, que aprova as "Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Design", e dá outras providências. Segundo o Art. 3º deste documento o perfil desejado para o formando em design deve ser:

"O curso de graduação deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação para a apropriação do pensamento reflexivo e da sensibilidade artística, para que o designer seja apto a produzir projetos que envolvam sistemas de informações visuais, artísticas, estéticas culturais e tecnológicas, observando o ajustamento histórico, os traços culturais e de desenvolvimento das comunidades, bem como as características dos usuários e de seus contexto sócio-econômico e cultural."

De acordo com o Art. 4º da mesma Resolução as seguintes competências e habilidades devem ser desenvolvidas nos estudantes de design dentro das instituições de ensino:

"O graduado em design deve revelar pelo menos as seguintes competências e habilidades:

I - capacidade criativa para propor soluções inovadoras, utilizando o domínio de técnicas e de processos de criação;

II - capacidade para o domínio de linguagem própria expressando conceitos e soluções em seus projetos, de acordo com as diversas técnicas de expressão e reprodução visual;

III - capacidade de interagir com especialistas de outras áreas de modo a utilizar conhecimentos diversos e atuar em equipes interdisciplinares na elaboração e execução de pesquisas e projetos;

IV - visão sistêmica de projeto, manifestando capacidade de conceituá-lo a partir da combinação adequada de diversos componentes materiais e imateriais, processos de fabricação, aspectos econômicos, psicológicos e sociológicos do produto;

V - domínio das diferentes etapas do desenvolvimento de um projeto, a saber: definição de objetivos, técnicas de coleta e de tratamento de dados, geração e avaliação de alternativas, configuração de solução e comunicação de resultados;

VI - conhecimento do setor produtivo de sua especialização, revelando sólida visão setorial, relacionada ao mercado, materiais, processos produtivos e tecnologias, abrangendo mobiliário, confecção, calçados, jóias, cerâmicas, embalagens, artefatos de qualquer natureza, traços culturais da sociedade, softwares e outras manifestações regionais;

VII - domínio de gerência de produção, incluindo qualidade, produtividade, arranjo físico de fábrica, estoques, custos e investimentos, além da administração de recursos humanos para a produção;

VIII - visão histórica e prospectiva, centrada nos aspectos sócio-econômicos e culturais, revelando consciência das implicações econômicas, sociais, antropológicas, ambientais, estéticas e éticas de sua atividade."

As exigências curriculares para as instituições de ensino estão explicitadas no mesmo ato normativo, no Art. 5º:

"O curso de graduação em design deverá contemplar, em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que atendam aos seguintes eixos interligados de formação:

I - conteúdos básicos: estudo da história e das teorias do design em seus contextos sociológicos, antropológicos, psicológicos e artísticos, abrangendo métodos e técnicas de projetos, meios de representação, comunicação e informação, estudos das relações usuário/objeto/meio ambiente, estudos de materiais, processos, gestão e outras relações com a produção e o mercado;

II - conteúdos específicos: estudos que envolvam produções artísticas, produção industrial, comunicação visual, interface, modas, vestuários, interiores, paisagismos, design e outras produções artísticas que revelem adequada utilização de espaços e correspondam a níveis de satisfação pessoal;

III - conteúdos teórico-práticos: domínios que integram a abordagem teórica e a prática profissional, além de peculiares desempenhos no estágio curricular supervisionado, inclusive com a execução de atividades complementares específicas, compatíveis com o perfil desejado do formando."

O texto original desta Resolução pode ser encontrado no Portal do MEC através do endereço:

http://portal.mec.gov.br/cne/index.php?option=com_content&task=view&id=77&Itemid=227

Portanto, segundo a legislação vigente, os cursos de nível superior em design deveriam ser preparados para desenvolver no aluno uma visão holística e capacitá-lo a criar produtos e oferecer serviços completos. Como sempre, nossa legislação está em plena concordância com as necessidades do mercado, mas infelizmente os recém-graduados não conseguem desenvolver ou cumprir todas essas habilidades profissionais com a devida seriedade. Fica o alerta para todos que desejam ingressar nessa área, o MEC não determina especificamente o que aprender/ensinar em cada ramo do design. Daí a grande liberdade das instituições ensinarem o que é de seu interesse ou especialidade de seu corpo docente.

Portanto, mesmo que se matricule em uma instituição reconhecida pelo MEC, que obedece a essas diretrizes, e mesmo que a legislação exija das instituições avaliadas e reconhecidas um patamar mínimo de qualidade de ensino, generalizado e não especializado, a responsabilidade pela sua formação é, e sempre será, sua (não é do governo e não é da instituição de ensino). Nenhuma instituição, por mais equipada em termos de pessoal, infra-estrutura e recursos financeiros; e nenhum professor, por mais conceituado e esclarecido que seja, conseguirá transferir para o aluno desinteressado o que ele precisa saber para se virar no mercado. Por incrível que pareça há casos de alunos que se formam sem ter comparecido às aulas, ou colam grau sem ter sequer lido um único livro ao longo de seus anos de faculdade. Como espera um aluno sem cultura conseguir produzir um produto de elevado conceito cultural como são os produtos de design?

15/07/2008

Liberdade de expressão e informação

Caros Colegas, professores e colaboradores,

nosso grupo de estudos tem como premissa: a busca por novos conhecimentos, valores e da postura ética dos que trabalham com comunicação visual. Além da construção de um espaço virtual democrático para o entendimento e aprofundado sobre o que rege a atividade profissional que escolhemos ter - Design Gráfico. E como pretendermos trabalhar com "COMUNICAÇÃO VISUAL em prol da qualidade de vida do homem moderno" não temos e nem teremos interesses no campo da política e/ou financeiro em nossas exposições metódica sobre dado tema ou assunto (re)passados por essa forma de híbrida de comunicar.

Somos livres homens livres, vivemos numa sociedade democratica de direito e, não vivemos, graças a DEUS, em uma ditadura forjada no passado. O que nos permite entender que: falta de entendimento, conhecimento e visão do significado dos termos democracia-censura-liberdade de expressão e informação por poucos, não justifica ou impede que continuemos a pensar, a refletir e principalmente a sonhar.

Antonio Oliveira
Aluno e Colaborador

Ps.: Lembrando que e-mails são identificados e suas fontes citadas (por autor ou por link) e que seus participantes foram convidados.

______________________________________________________________________________________________________________

Ver Artigo - Democracia, censura e liberdade de expressão e informação na Constituição Federal de 1988

Fonte - http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2195

Em 2009 estaremos por lá.

14/07/2008

Anima Mundi 2008


Começou na sexta-feira, 11 de julho, e pode ser visto até o dia 20, no Rio de Janeiro, o "Anima Mundi 2008", 16º edição do Festival Internacional de Animação, maior evento do gênero na América Latina.
Na programação deste ano estão incluídos mais de 400 filmes e vídeos brasileiros e de outros 41 países, divididas em várias categorias, entre elas "Curtas", "Longas-metragens" e "Curta Infantil". Haverá premiações, dadas por júris popular e profissional. As projeções acontecerão no CCBB-Rio (Cento Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro), Centro Cultural Correios, Cine Odeon BR, Cinema Estação Botafogo e Oi Futuro. Além das apresentações de filmes, o evento inclui workshops, palestras, instalação e performances. A mostra "Galeria" exibe animações não-convencionais ou experimentais. Em São Paulo, o evento terá início no dia 23 de julho e irá até o dia 27. Programação e mais informações no site: www.animamundi.com.br.

O design do arquiteto, o arquiteto do design.*


O ensino universitário do design dentro da escola de arquitetura e urbanismo é recente em nosso país.

Vale lembrar que no período colonial, o ensino sobre o construir, a arquitetura e as artes em geral ocorria pela prática na técnica transmitida profissionalmente e na relação mestre-aprendiz. Talvez a figura mais lembrada por nós nesta época seja a do Aleijadinho em Minas Gerais.

Mais tarde, por volta de 1820, surgiu a primeira escola brasileira de arquitetura no Rio de Janeiro, sob a influência da Missão Francesa e de seu arquiteto maior Grandjean de Montigny. Foi a única escola durante um século, no Império e na República. Foi ela quem precedeu a Escola Nacional de Belas Artes.

Em 1873, surge, em São Paulo, a Sociedade Propagadora da Instrução Popular visando ministrar o conhecimento profissional e que foi a raiz do Liceu de Artes e Ofícios, fundada em 1882. Pelo Liceu passaram vários membros atuantes, dentre eles a figura do Ramos de Azevedo que ministrava o curso de engenheiros arquitetos dentro da Escola Politécnica de Engenharia de São Paulo, de onde, mais tarde, surge finalmente o curso para arquitetos.

Decorre daqui, portanto, uma história do ensino da arquitetura no Brasil com duas vertentes: uma originária da Escola Nacional de Belas Artes (antiga Academia imperial), no Rio de Janeiro, e outra, da Escola Politécnica de São Paulo. Portanto, calcada ora na visão profissionalizante das belas artes, ora na confusão das atribuições do engenheiro e do arquiteto.

Assim é que, integrado aos movimentos artísticos nacionais e internacionais é que, aqui se estabelece vinculadas às intensas alterações populacionais, a industrialização e a visão cultural, uma história em pleno
desenvolvimento da Faculdade de Arquitetura e urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSP, criada em 21 de junho de 1948.

É nesta escola, com os professores Luiz Ignácio Romero de Anhaia Mello, João Batista Villanova Artigas, dentretantos outros, é que o curso adquire um caráter de ofício engajado com as artes, as tecnologias com preocupações sociais coletivas e com o urbanismo.

Neste ambiente de extrema criatividade vocacionam-se profissionais diversos que ao longo destas décadas impulsionam o campo das artes e design em geral, na arquitetura e na cidade. Passam pela FAUUSP : João
Carlos Cauduro, Ludovico Martino, Lelé Chamma, Rafic Farah, Vicente Gil, Chico Homem de Melo, Sylvio Ulhôa, Ronald Kapaz, Giovanni Vannucci, André Poppovic, Kiko Farkas, Vicente Gil, Fernando Campana (dos irmãos Campana), Carlos Alberto Inácio Alexandre. Também fizeram a FAUUSP: Chico Buarque, Arrigo Barnabé, Wagner Tadeu Benatti, o Bitão (vocal dos Pholhas), Carlinhos"Bom Bril" Moreno, Thales Pan Chacon, Guilherme Arantes, Flávio Império, JC Serroni, , Newton Foot, Cláudio Tozzi, Luís Paulo Baravelli, Takashi Fukushima, Cristiano Mascaro, Tonico Ferreira ( repórter da Globo), dentre tantos.

O arquiteto multi vocacionado

O arquiteto é o profissional que intervém no espaço urbano, propondo sua ocupação e realizando mudanças
neste espaço. O caráter multidisciplinar da formação do arquiteto enseja atividades de compreensão do espaço
e o seu caráter sistêmico. Porém é interessante notar que, desde os primórdios, a ação do homem foi precedida
da ação de observar, de ver, de olhar. Só depois de compreendido o fato, de ter realizado a leitura é que se
estabeleceu a imaginabilidade, ou seja, realizou sua imagem mental. Daí veio a vontade de propor, conforme seu
desejo, seu desígnio, seu desenho.

O profissional arquiteto caracteriza-se pela atividade onde tem predomínio, eminentemente, o caráter projetual
com a realização de trabalhos ligados às soluções dos aspectos pragmáticos em diferentes campos de
abordagem, englobando aspectos sociais, históricos, tecnológicos, culturais e econômicos voltados aos
seguintes campos de abordagem:

1 Edificações e seu relacionamento com o entorno próximo; conjuntos de construções habitacionais, industriais,
de comércio e serviços ou de usos específicos;

2 Urbanismo, planejamento e organização de áreas urbanas, cidades e seus territórios de interação
metropolitana e regional, no contexto de sua produção e consumo, em suas estruturas sistêmicas e em seus
subsistemas: ocupação e utilização do solo, circulação, infra-estrutura, equipamentos, áreas de uso público,
paisagem e meio ambiente;

3 Imagens e mensagens visuais, aspectos da visualidade da cidade, do edifício e da comunicação visual
ambiental e da programação gráfica e;

4 Design dos objetos e produtos relacionados ao espaço arquitetônico, industrializáveis ou não, em seus
aspectos estéticos, ergonômicos e do planejamento de sua utilização;

Designer e arquiteto: arquiteto designer

É a formação do arquiteto pressupondo a preparação de um profissional com duplo perfil: por um lado,
conhecedor de procedimentos técnicos, científicos, artísticos e culturais que possibilitem sua atuação em campos
de grande diversificação; por outro lado, desenvolvedor de princípios e conhecimentos para a compreensão
política e econômica de uma sociedade globalizada.
Em uma visão mais específica, este profissional deverá conduzir-se frente a quatro linhas básicas que levem à:

1 promoção do equilíbrio estético-funcional entre beleza e praticidade;
2 realização de interfaces entre estética, economia, psicologia, sociologia e ergonomia;
3 organização de seus projetos desde a concepção até sua produtibilidade; e
4 viabilização técnica de todas as etapas de seu processo criativo.

Indicamos as seguintes habilidades e aptidões gerais que devem ser despertadas, incentivadas e lapidadas na
formação do arquiteto e urbanista:
Criatividade - desenvolvimento de habilidades e criatividades para a resolução de problemas e desafios
específicos;
Relacionabilidade - possuir visão crítica da importância do papel social e ambiental da atuação do arquiteto e
urbanista;
Sociabilidade - conscientização sobre a produção do arquiteto e urbanista enquanto fator de contribuição para a
melhoria social da qualidade de vida e meio-ambiente;
Comunicação - conhecer técnicas de tecnologias de transmissão e reflexão eficiente de informações, aplicativos e pesquisas; a comunicação sem fronteiras; a multiculturalidade; saber ouvir; saber falar;
Flexibilidade - adaptabilidades de conceitos para responder às demandas específicas de sua atuação;
Ética - participação ética ativa, esclarecedora e realista em todos os processos decisórios de suas atividades;
Iniciativa - espírito empreendedor habilitado à resolução de desafios plurais;
Multi culturalidades - habilidade para compreensão e respeito à pluralidade étnica e cultural decorrente do
intenso processo de globalização deste início de novo milênio;
Tecnologia - apreensão de novos sistemas, processos e tecnologias que preservem o meio-ambiente e
objetivem melhorar a qualidade de vida individual e comunitária.

Assim, o arquiteto deve ser um generalista apto a resolver contradições potenciais entre diferentes
requerimentos da arquitetura e urbanismo, respondendo às necessidades de abrigo da sociedade e dos
indivíduos, quanto a seus aspectos sociais, culturais, ambientais, éticos e estéticos. Deverá ser profissional apto
a compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos e comunidades compreendendo-os como
agente preponderante da construção da arquitetura e da cidade - com relação à concepção e organização do
espaço, do urbanismo, da construção de edifícios. A duração do curso de arquitetura é, em média, de cinco anos.

As áreas de atuação do arquiteto e urbanista requerem conhecimentos para resolução de questões específicas
de usa área de atuação nas seguintes áreas:

1 Projeto de arquitetura;
2 História e teoria de arquitetura, ciências humanas e tecnologia;
3 Artes;
4 Desenho urbano e planejamento;
5 Compreensão da paisagem urbana;
6 Contextualização;
7 Desempenho da edificação; e
8 Tecnologia da edificação.

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo desenvolve o ensino e pesquisa através de seus três departamentos: Departamento de Projeto, Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto e o Departamento de Tecnologia da Arquitetura, onde atuam um corpo docente composto por cerca de 120 professores onde colaboram docentes da Escola Politécnica e do Instituto de Matemática e Estatística. Vale lembrar que se encontra em implantação junto a estes três departamentos, para funcionamento em 2005, o curso de Design.

A diversidade de disciplinas que estes três departamentos ministram pode ser mensurada pelos vários campos
que com compõem os grupos de:

1 Projeto de Edificações;
2 Planejamento Urbano e Regional;
3 Comunicação e Programação Visual;
4 Desenho Industrial;
5 Paisagem e Ambiente;
6 História da Arquitetura e Estética do Projeto;
7 Urbanização;
8 História da Arte;
9 História da Técnica;
10 Fundamentos Sociais da Arquitetura e Urbanismo;
11 Tecnologia da Construção;
12 Conforto Ambiental e Metodologia..

A FAUUSP possui um curso de pós-graduação stritu-sensu na área de Estruturas Ambientais Urbanas e área de
concentração específica: Design e Arquitetura nos níveis mestrado e doutorado. Tem também cursos de
extensão e de especialização em convênio com a Fundação para a Pesquisa Ambiental - FUPAM. Por precedência histórica e legal, o arquiteto e urbanista sempre foi um profissional capacitado ao desenvolvimento das atividades ligadas à organização dos espaços para a adequada satisfação das necessidades humanas. Esta organização compreende desde a concepção de soluções para as demandas específicas das espacialidades, essência da nobre arte de projetar até a sua efetiva viabilização, compreendida pela materialização do projeto, ou ainda, pela execução da sua obra.

Do ponto de vista legal, compete ao arquiteto e urbanista o exercício das atividades - de supervisão, orientação
técnica, coordenação, planejamento, projetos, especificações, direção, execução de obras, ensino, assessoria,
consultoria, vistoria, perícia, avaliação - referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos,
arquitetura de interiores, urbanismo, planejamento físico urbano e regional, desenvolvimento urbano e regional,
paisagismo e trânsito.

Portanto, um espectro bastante amplo que exige formação profissional em esforço capaz de qualificar o arquiteto
e urbanista na abrangência de suas competências legais, com o aprofundamento indispensável para que possa
assumir as responsabilidades nelas contidas e oferecidas pelo mercado de trabalho.

Porém o arquiteto do design, ou o arquiteto designer é profissional voltado a preocupar-se com a visualidade e
da imagem da arquitetura e da cidade, da correta disposição de elementos da paisagem urbana (mobiliário e
infra-estrutura, pele e paginação), propondo sua comunicação nos aspectos sinaléticos e equilíbrio visual, além da conservação e valorização do patrimônio construído, da proteção do equilíbrio natural e à utilização racional dos recursos disponíveis e que deve levar, sobretudo, avante o processo de construção de uma identidade do espaço do objeto, da arquitetura e da cidade com seu povo - nos seus processos e produção e consumo -
centrado na afirmação da solidariedade e no exercício da cidadania e voltado às demandas estruturais da
sociedade.

Arrisco citar algumas características e atributos de seu perfil profissional:

1 Utiliza-se dos princípios do design gráfico na arquitetura e no urbanismo: os campos de abordagem do Design
nas áreas: Ambiental, Corporativo, Editorial, Interativo, Tipográfico e Promocional. Possuidor, portanto, de
conhecimento crítico da imagem, linguagem e expressão do design no gráfico, editorial, publicitário, ambiental,
corporativo e do produto;

2 Objetivado para fortalecer os aspectos de sua identidade - desde os seus elementos, componentes até as soluções de organização visual e sua legibilidade - no espaço da arquitetura e da cidade, compreende a mensagem visual e sua interação com o espaço onde ela se insere e tem assim, consciência da importância do design nas ações projetuais que visam a requalificação do meio urbano;

3 Distingue dentro do design, os conceitos sistêmicos de programa de identidade visual (forma, função e uso), referenciando os componentes e os elementos teóricos básicos de linguagem e comunicação visual, o código de identidade visual e os elementos de expressão gráfica e fundamenta-se na construção do signo de comando: a marca (o logotipo, o símbolo e o pictograma); no alfabeto-padrão; nos códigos cromático, morfológico, tipográfico;

4 Participa, contemporaneamente, no processo de projetos digitais de produtos e modelagem de produtos e também de projetos digitais e modelagem de design visual. Para tanto, utiliza-se dos recursos de modelos físicos, maquete, mock-up , protótipo, prototipagem rápida e fotografia, vídeo e outros multi-meios.

Assim o arquiteto designer (egresso da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) está capacitado a desenvolver projetos nas suas diversas configurações envolvendo a percepção e a concepção por meio da experimentação e observação (direta e/ou indireta), do desenho de espaços, dos projetos de prospecção sintâtico-teórica, dos modelos reduzidos, etc. através das linguagens que levam à compreensão que permite perceber e conceber a forma do espaço interior, da edificação e seus elementos, do espaço exterior imediato e do espaço exterior mediato.

Texto completo: http://www.arcoweb.com.br/debate/debate50.asp
Por favor, comentem sobre a o que acharam da discussão proposta.
Profa. Carol Gusmão




* Prof. Dr. Issao Minami
Arquiteto e Urbanista formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSP, onde se mestrou e doutorou. Atualmente é professor doutor do curso de graduação e pós-graduação na FAUUSP, onde também é Coordenador do Grupo de Disciplinas de Programação Visual do Departamento de Projeto e membro eleito do Conselho do Departamento. É professor titular também na Universidade do Grande ABC -UniABC, onde leciona do curso de arquitetura e no curso de comunicação social. Escreve sobre artes e arquitetura para o jornal Nippobrasil. É autor de projeto de Sinalização Urbana para a Capital de Tocantins. Ganhou o primeiro prêmio no concurso de Idéias para a Sinalização do Edifício Birmann 21; recebeu menção honrosa na Premiação Anual dos Arquitetos IAB -SP 1997; foi premiado na III Bienal Internacional de Arquitetura; participou de equipe que recebeu menção honrosa no Concurso de Idéias para a Avenida Paulista; participou da equipe que recebeu o primeiro lugar no Concurso de Requalificação Ambiental e Paisagística para as Marginais dos Rios Tietê Pinheiros, em janeiro de 1999. Atualmente está desenvolvendo projeto de comunicação visual para a Itaipu Binacional dentro do denominado Complexo Ambiental e Turístico de Itaipu.) Vale a pena explicitar um pouco mais. Se me permitem, gostaria de, baseado na gênesis das atuações, considerar o que chamo de: O design do arquiteto, o arquiteto do design.

06/07/2008

Para pensar no seu futuro profissional.

Cadu Primola, Design pela Ufpe, enviou esse material para que fosse possível entender um pouco mais do que se pensa no Brasil sobre a formação do Designer. O provocador filme nos faz refletir de maneira verdadeira um pouco mais sobre em que universo estamos caminhando.
Logo, fazer existir a cultura do Design Gráfico extrapola "as simples" lições de classe, as primárias atividades de CTRL+c CTRL+V e as poucas páginas de edições superadas, além de autores já pertencentes ao passado oferecidas como referência por pseudos designers; entretanto não discarta o envolvimento efetivo do aspirante a Design Gráfico.

Antonio Oliveira
Colaborador e Estudante
_____________________________________________________________________________

Repassando o que rolou aqui na lista dos Designers de Pernambuco da APD...

Abraços!

Cadu
Design Primola

É com grande prazer que os convido a assistir o documentário "A Folha que Sobrou do Caderno", realizado por Mauro Alex Rego, Alexander Czajkowski e Gabriel Costa Rodrigues, que aborda a educação de design no Brasil. O projeto contou com a participação dos professores Ari Rocha, Ivo Pons, Ivens Fontoura (UFPR), Conceição Martins (CEFET-SC), Naotake Fukushima (UFPR), Eddy Pires (Belas Artes-SP) e Alessandro Faria (UFBA), assim como de vários estudantes.

Para assistir, segue o link no google videos:
http://video.google.com/videoplay?docid=3328923649270546691

O arquivo de 100Mb, para download está disponível em: http://rapidshare.com/files/127117176/A_Folha_que_Sobrou_do_Caderno__100mb_.avi


Atenciosamente,

Janayna Velozo

RELEASE - A Folha que Sobrou do Caderno

*Todos os anos uma leva de designers se forma nos quatro cantos do Brasil e
uma pergunta inquietante não quer calar: estarão esses futuros profissionais
sendo preparados para enfrentar as múltiplas realidades do nosso país?
Existiria uma estrutura de curso ideal para formar os profissionais de
design adequados à nossa realidade? A quem interessa manter um formato de
ensino ultrapassado e ineficiente? Você já parou para pensar em seu papel
diante disso tudo?

"A folha que sobrou do caderno" é um instigante documentário resultante de
uma inquietação pessoal em congruência com uma preocupação coletiva:
precisamos discutir e reformar o ensino de design no Brasil. São colocadas
opiniões sobre modelos ideais de cursos e o papel que professores e
estudantes desempenhariam nesses modelos, bem como discussão sobre formação
tecnológica e teórica. A estrutura atual do ensino, questionamentos sobre
pesquisa e atualização tanto por parte dos professores como dos estudantes
também são abordados. A organização estudantil como transformadora da
realidade e o Movimento Estudantil fornecem o fechamento das discussões.

Em "A folha que sobrou do caderno", História, depoimentos e atitudes são os
principais ingredientes para alcançar a maior proposta do filme: PROVOCAR.*

18/06/2008

Museu do Design Gráfico


Foi inaugurado na última quarta-feira, dia 11, pela rainha Beatrix, da Holanda, o Graphic Design Museum, primeiro museu em todo o mundo dedicado exclusivamente ao design gráfico. A instituição é sediada na cidade de Breda, no sul daquele país, e inicia suas atividades com quatro exposições, uma delas sobre o design gráfico holandês dos últimos cem anos. O museu tem como missão coletar e preservar informações e conhecimento sobre a história da profissão e divulgá-la de modo acessível não só para profissionais e estudiosos da área, mas também para crianças, jovens e o público geral interessado.



Fonte da Imagem - http://www.graphicdesignmuseum.nl/nl

10/06/2008

DESIGN E DESIGNERS

DESIGN E DESIGNERS

Colaborador - Paulo Oliva - oliva_revistapronews@hotmail.com


Sou do tempo em que a denominação design, como atividade, ainda não era adotada por aqui e só podia ser encontrada nas revistas e livros importados que apresentavam projetos e artigos usados na nossa formação acadêmica como fontes de referência, de consulta e de informação.
Para os profissionais de então, influenciados pelo movimento de arte concreta, que comungavam de visão mais cosmopolita, preocupados com a cultura nacional, com o desenvolvimento econômico, com as contribuições tecnológicas a serem feitas em um país em franco desenvolvimento e, principalmente, envolvidos na formação de um mercado de trabalho, as denominações Comunicação Visual e Desenho Industrial cumpriam bem o seu papel e, aparentemente, definiam adequadamente a profissão.
À medida que a atividade foi ganhando representatividade e, por conseqüência, foram surgindo as associações de profissionais, escolas de formação específica e ainda especialistas formados fora do país voltavam para exercê-la por aqui, temos o início de um movimento de procura por nova denominação para que o mercado pudesse compreender melhor as áreas de abrangência, as interfaces e as especialidades da profissão.
No fim dos anos 80, em um encontro de profissionais em Curitiba, foi proposta e aprovada a mudança do nome da atividade e da titulação profissional para Design e Designer.
De lá pra cá, o contingente de profissionais cresceu, espalhou-se pelo país, virou profissão disputada nos vestibulares, apesar de ainda não ser regulamentada e apareceram novas especialidades como a Web e a Moda. A expressão design, por sua universalidade, passou a ser usada para diferentes significados e, em algumas vezes, de forma inadequada, como um “novo” adjetivo de qualidade ou modernidade. Por isso ocorrem as apropriações do termo design em práticas que nada têm a ver com a atividade. Para exemplificar: “Hair Designers” para salão de cabeleireiros.
Isso pode sinalizar que a designação da profissão e do profissional, adotada naquele encontro em 88, não tenha sido a mais adequada ou, dentro desse contexto de usos indevidos e desencontrados, a expressão design, da língua inglesa e sem tradução precisa para o nosso português, não conseguiu ser corretamente compreendida como denominação da atividade profissional que exercemos.
Penso que a verdadeira vocação do Design, nas suas especialidades gráficas e de produto, é o planejamento na sua amplitude maior.
O mercado ainda não percebe que fazemos parte de uma atividade profissional que cria identidades, movimenta a economia e é responsável por inúmeras contribuições tecnológicas. O Design é uma atividade criadora, técnica e inovadora por excelência, e não plástica e funcionalista como pensam alguns. O mais difícil é reconhecer que essa percepção superficial que o mercado tem para com relação ao Design pode ser conseqüência de inabilidade do conjunto dos profissionais que o exercem.
Conversando sobre esses aspectos e outros de mercado com o amigo Walter Lins Junior, editor desta conceituada Revista PRONEWS, surpreendeu-me o convite para que assumisse uma coluna mensal para escrever sobre Design e a produção dos Designers. Denominada PRO Design, pretende mostrar as nossas competências e trocar informações e experiências com os demais segmentos de comunicação da nossa região. Para isso a coluna terá duas partes: uma com texto editorial sobre questões relacionadas com o Design e Designers e outra em forma de painel, na qual serão apresentados trabalhos ou eventos ligados à atividade.
Quero, nesta primeira edição, manifestar meu maior agradecimento ao Walter pelo convite e pela sensibilidade para com as questões do Design. Agradecer também ao corpo editorial da Revista pela receptividade ao novo colaborador e pelo pronto envolvimento para com a nova coluna. Desde já me coloco à disposição para ser um canal de divulgação e de amplo debate das questões do Design em nossa região e espero a contribuição de todos para que este objetivo seja plenamente atingido.

28/05/2008

“Valorizar a Marca Brasil é um dos desafios da II Bienal Brasileira de Design”


Pensar hoje o que será discutido no amanhã, um desafio proporcionado nos debates organizados pelo Grupo de Estudos SER DESIGNER GRÁFICO.
03/04/2008
“Valorizar a Marca Brasil é um dos desafios da II Bienal Brasileira de Design”

O presidente-fundador do MBC, Jorge Gerdau Johannpeter, pretende valorizar a cultura brasileira nesta edição da Bienal que acontece de 8 de outubro a 5 de novembro de 2008, em Brasília. O Movimento Brasil Competitivo (MBC), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Governo do Distrito Federal com o apoio da FIAT, lançaram nessa quarta-feira (2/4), em Brasília/DF, a II Bienal Brasileira de Design. A exposição acontecerá de 8 de outubro a 5 de novembro de 2008, no Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília.
O evento de lançamento contou com a presença do presidente-fundador do MBC, Jorge Gerdau Johannpeter; do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Reginaldo Arcuri; do curador da exposição, Fábio Magalhães; do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e do presidente da Fiat e presidente da II Bienal Brasileira de Design, Cledorvino Belini.
Jorge Gerdau Johannpeter enfatizou a importância do design na valorização da identidade brasileira. "Valorizar a Marca Brasil é um dos desafios desta segunda Bienal. Essencial para a competitividade num mercado cada vez mais dinâmico e exigente. O design é um excelente espaço para a criatividade dos brasileiros. Em termos operacionais, nosso desafio é perpetuar este projeto tendo o design, a tecnologia e a inovação como estratégicos na construção da competitividade", declarou Gerdau.
Cledorvino Belini observou que a Fiat apóia e patrocina com muito orgulho a II Bienal Brasileira de Design, cujo tema geral é a convergência entre arte e tecnologia. "O Grupo Fiat ocupa posição de liderança em vários setores, justamente pela reconhecida capacidade de fazer a junção entre design e tecnologia, em um arco que se estende da tecnologia automotiva à arte de mestres do design, como o consagrado Giorgetto Giugiaro, designer de vários veículos do grupo", destacou Belini. Para ele, a Bienal é a oportunidade de mostrar ao Brasil e ao exterior o talento que agrega valor aos bens e serviços produzidos no Brasil.
O presidente da Agência Brasileira para o Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, representando o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, declarou que projetos como o da Bienal de Design marcam o momento vivido pelo País. "A Bienal é parte da nova política industrial do Brasil, capaz de transformar suprindo as necessidades dos consumidores destacando a brasilidade", disse Arcuri.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, saudou o fato da Bienal acontecer em Brasília, justamente quando a cidade se aproxima do cinqüentenário. "Com 48 anos de existência, Brasília foi símbolo de mudança, pois foi inaugurada no mesmo período da revolução industrial, da construção de estradas e da interiorização do desenvolvimento. Hoje, une arte e tecnologia e mais uma vez inova e se destaca", discursou Arruda.

"O desafio na criação de um design brasileiro está na combinação de fatores externos com nossa realidade específica. O designer brasileiro, em sua visão de mundo, deve levar em consideração nossos valores e particularidades culturais, as características de nossa produção industrial e de nosso modo de consumir. Sem prescindir dos avanços tecnológicos, é a partir do domínio de nossos meios, de nossa singularidade que iremos atingir expressão com identidade própria, característica que nos fortalecerá na competição internacional, sobretudo dentro de um mundo globalizado. As Bienais de Design devem indagar também sobre os valores que apontam para a existência de uma identidade própria no design brasileiro, ou seja, para objetos com memória cultural e que, ao mesmo tempo, falem o idioma global", ressaltou o curador da II Bienal Brasileira de Design, Fabio Magalhães.

A II Bienal Brasileira de Design é uma realização do Movimento Brasil Competitivo, do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Governo do Distrito Federal, com patrocínio Máster da Fiat Automóveis. A Bienal conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); do Grupo Gerdau; do Ministério da Ciência e Tecnologia, através da FINEP; da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura; e com a parceria da Escola de Design da Unisinos e TV Unisinos.

Nesta edição, a Bienal terá como foco o design industrial voltado à produção em grande escala, como produtos utilitários nas indústrias automobilística, aeronáutica, de máquinas agrícolas, de equipamentos hospitalares, assim como de produtos voltados para pequenas e médias escalas de produção, priorizando a qualidade e a execução dos projetos. Será explorada a convergência entre cultura, arte e tecnologia em prol do design para a competitividade da produção nacional. A programação prevê uma série de atividades como workshops, seminários, exposição, laboratórios, entre outras ações relacionadas ao tema. O principal objetivo é o fortalecimento da Marca Brasil, projetando a diversidade e a criatividade brasileiras no mercado interno e externo e contribuindo para o aumento da competitividade das empresas nacionais.
Outro destaque da II Bienal será o design artesanal e de jóias, produtos que já abriram espaço no mercado internacional, principalmente pelo diferencial de ter "a cara brasileira", mostrando, assim, a qualidade dos profissionais e produtos nacionais.
A primeira edição da Bienal Brasileira de Design foi realizada em junho de 2006, no espaço OCA do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e recebeu a visita de cerca de 35 mil pessoas, contemplando profissionais da área, estudantes, empresários e público em geral.
Fonte: Enfato Comunicação Empresarial
Enfato Comunicação Empresarial
(51) 30.261.261
enfato@enfato.com.brwww.enfato.com.br
* O conteúdo deste texto é de inteira responsabilidade da fonte citada, a quem corresponde a origem das informações citadas nesta matéria.
Fonte: Enfato Comunicação Empresarial

26/05/2008

Definitions



What is Design?Design is the identifying of a problem and the intellectual creative effort of an originator, manifesting itself in drawings or plans which include schemes and specifications.
What is Information Design? Information design is the defining, planning, and shaping of the contents of a message and the environments it is presented in with the intention of achieving particular objectives in relation to the needs of users. At this point of the development IIID is concerned with the design of visual information but it could in the future include the design of information other than visual one.
The qualities required of information designersTo design professionally information designers should
1. be able to think both innovatively and systematically
2. be as well informed as is necessary about the subject area they are working in
3. be knowledgeable about both the communicative features of the components of visual messages and their interrelationships
4. know the relevant customs, conventions, standards, regulations and their underlying theories
5. be familiar with the technical requirements of the communications media, specifically visual ones
6. be familiar with human communication capabilities with regard to perceiving, cognitive processing and responding to information using all senses
7. be able to consider the possible benefits of the communicated information to the users
8. be knowledgable about the creation of pictures and text, static and animated, as well as information other than visual one for the facilitation of task related activities and how they can be balanced to achieve optimal effects
9. be able to design information in a formal interesting and attractive way to conjure attention highly adequate to the communicative purpose of the message
10. understand to make information and information systems interactive in such a way that adjustments governed by changing requirements can be made, should this be desirable to safeguard the continuing use of the information
11. be able to communicate effecively in both their mother tongue and English
12. understand the capabilities of support sciences - such as cognitive psychology, linguistics, social and political sciences, computer science, statistics - and be able to co-operate with specialists to evaluate and improve the design of messages with due regard of different cultural sensitivities of the user
13. have a detailed knowledge of the cost factors relating to the various design stages and their implementation
14. render their services in a format that corresponds both with the value they represent to the clients and the conventions required by them15. behave in a responsible manner with regard to the needs of the target users and society as a whole.



General Information

The main concern of the International Institute for Information Design (IIID) is to contribute to a better understanding within the human community with respect to cultural and economic issues by means of improved visual communication. Special attention is paid to the potential of graphic information design to overcome both social and language barriers.

IIID endeavours to develop information design as an independent interdisciplinary field of knowledge and professional activities, to document and to make generally accessible specifically relevant information, to do research within its possibilities and in co-operation with its members and to find new ways of educating information designers.

The aims of IIID are to be achieved by interdisciplinary and international co-operation.

IIID focuses on the following subjects:
— Information design for business communications
— Information design for product development
— Information design for orientation in the environment — Information design for training and education
— Information design for the better understanding of scientific knowledge.

IIID is affiliated to the International Council of Graphic Design Associations (ICOGRADA) and co-operates with an number of other national and international organizations, interested in information design. IIID is recommended by UNESCO as a partner organization for world wide co-operation on matters of information design (Resolution 4.9 of the 28th General Conference of UNESCO, 1995, Paris).
IIID publishes its newsletter in English and communicates in English and German. Other languages will be considered, funds permitting.
Members receive ID News and participate in the international exchange of ID relevant information.


Colaborador - Antonio Oliveira

17/05/2008

CONCEITOS DE DESIGN



Agradecimentos ao nosso amigo Bruno Vasco pela indicação do site.

http://www.lsc.ufsc.br/~edla/design/etimologia.htm
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Para se fazer um bom design é necessário conhecer muito bem o produto que se está trabalhando, dominar técnicas e ter bom senso para aplicar o seu conhecimento na hora de expressar as suas idéias. Um bom designer deve saber escutar, observar e destacar coisas que pessoas comuns não percebem, deve procurar expressar suas idéias através de formas e cores, a fim de mostrar o óbvio sem ser óbvio.

Abaixo, selecionamos alguns conceitos de Designers famosos:

Projetar a forma significa coordenar, integrar e articular todos aqueles fatores que, de uma maneira ou de outra, participam no processo constitutivo da forma do produto (...) Isto se refere tanto a fatores relativos ao uso, fruição e consumo individual ou social do produto (fatores funcionais, simbólicos ou culturais) quanto aos que se referem à sua produção (fatores técnico-econômicos, técnico-construtivos, técnico-sistemáticos, técnico-produtivos e técnico-distributivos)
(ICSID, 1958)

Design é uma atividade projetual que consiste em determinar as propriedades formais dos objetos a serem produzidos industrialmente. Por propriedades formais entende-se não só as características exteriores, mas, sobretudo, as relações estruturais e funcionais que dão coerência a um objeto tanto do ponto de vista do produtor quanto do usuário.
(Tomás Maldonado, 1961)

O que se exige para poder considerar que um objeto pertence ao desenho industrial é: 1) a sua fabricação em série; 2) a sua produção mecânica, e 3) a presença nele de um quociente estético, devido ao fato de ter sido inicialmente projetado e não a uma sucessiva intervenção manual. Eis por que razão não é lícito pensar em desenho industrial em relação aos objetos pertencentes a épocas anteriores à revolução industrial, (...) em cuja base existe sempre um momento de projeto, de criação pelo desenho, e um momento repetitivo de produção mecanizada e em série.
(Gillo Dorfles, 1963)

Design é o processo de adaptação do entorno objetual às necessidades físicas e psíquicas dos indivíduos da sociedade. (...) Design de produto é o processo de adaptação de produtos de uso de fabricação industrial às necessidades físicas e psíquicas dos usuários e grupos de usuários.
(Bernd Löbach, 1976)

O desenho industrial é uma atividade projetual, responsável pela determinação das características funcionais, estruturais e estético-formais de um produto, ou sistemas de produtos, para fabricação em série. É parte integrante de uma atividade mais ampla denominada desenvolvimento de produtos. Sua maior contribuição está na melhoria da qualidade de uso e da qualidade estética de um produto, compatibilizando exigências técnico-funcionais com restrições de ordem técnico-econômicas.
(Gui Bonsiepe, 1982)

Design é a tentativa de conjugar a satisfação do cliente com o lucro da empresa, combinando de maneira inovadora os cinco principais componentes do design: performance, qualidade, durabilidade, aparência e custo. O domínio do design não se limita aos produtos, mas inclui também sistemas que determinam a identidade pública da empresa (design gráfico, embalagens, publicidade, arquitetura, decoração de interiores das fábricas e dos pontos de vendas).
(Philip Kotler, 1989)

O design é o domínio no qual se estrutura a interação entre usuário e produto, para facilitar ações efetivas. Design industrial é essencialmente design de interfaces.
(Gui Bonsiepe, 1992)

O design é uma atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de objetos e mensagens visuais que equacionem sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos, que atendam concretamente às necessidades humanas.
(Projeto de Lei nº 1.965, de 1996, que visa regulamentar a profissão no Brasil)

Design é uma atividade criativa cujo propósito é estabelecer as qualidades multi-facetadas de objetos, processos, serviços e seus sistemas de ciclos de vida. Assim, design é o fator central da humanização inovadora das tecnologias e o fator crucial das trocas econômicas e culturais. (...) Design trata de produtos, serviços e sistemas concebidos através de ferramentas, organizações e da lógica introduzidas pela industrialização – não somente quando são produzidos em série.
(ICSID, 2000)

Design gráfico é uma atividade intelectual, técnica e criativa concernente não somente à produção de imagens, mas à análise, organização e métodos de apresentação de soluções visuais para problemas de comunicação. Informação e comunicação são as bases de um modo de vida global interdependente, seja na esfera dos negócios, cultural ou social. Ao designer gráfico cabe a tarefa de fornecer respostas aos problemas de comunicação de todo tipo em todos os setores da sociedade.
(Icograda, 2001)


DESIGN É ARTE, CIÊNCIA OU TECNOLOGIA?


(Design-Ciência) Design não é e nem será uma ciência. Houve muita inserção de teorias e de um desenvolvimento metodológico acentuado especialmente durante a década de 60. A tendência dessas contribuições (Teoria dos conjuntos, Teoria dos Sistemas, Teoria da Informação, Teoria da Tomada de Decisões, métodos da ergonomia psicanálise e da psicologia) era a de separar o Design da esfera das artes de aproximá-lo da ciência, aperfeiçoar as atividades e de conferir-lhe maior rigor técnico e metodológico.

(Design-Arte) Design não é e nem será arte. Não há justificativa para uma interpretação do design como uma atividade artística, supostamente intuitiva. A arte, através de seus arquétipos há muito hegemônicos (pintura, escultura, desenho etc.), não é a única possibilidade da experiência estética. O mundo do design está ligado ao da estética, mas não necessariamente ao da arte.
(Gui Bonsiepe)




Baseado no material do professor de Design da Universidade Anhembi Morumbi -
Andrej Grujic

15/05/2008

Curiosidades de Alguns Produtos

Caros Colegas do Grupo de Estudos SER DESIGNER GRÁFICO,

Visitei o blog de vocês e acho que o site www.geekchic.com.br é bem interessante.

Acho que vão gostar. Pode ser incluído entre os links recomendados.

Sérgio Coutinho
coutinho2@gmail.com

http://sociologiadodireito.blogspot.com
http://mundoemmovimentos.blogspot.com/

13/05/2008

Um pouco de História

Design também é história. Fotos antigas de Alagoas - http://picasaweb.google.com/golberylessa

Agradecimentos ao Ilustre Professor Sergio Coutinho

Colaborador Antonio Oliveira

09/05/2008

D&AD de 2008

Os ganhadores do Categoria Graphic Design
Segue o link.. posta ai pra o pessoal.

http://www.dandad.org/awards08/category.asp?category_no=21

Tem várias outras categorias também.
Vale a pena.
abraço

--

Atenciosamente,

Lucas Maia
lucas@clorus.com
Fone: +55 82 3035 2502 / Cel: +55 82 8802 8281

CLORUS CREATIVE STUDIO LTD. | www.clorus.com

08/05/2008

Arte como sintoma: Hegel

A RESPOSTA DE HEGEL

Um filósofo alemão do século XIX, Hegel, ofereceu uma solução para o problema do inatismo e do empirismo posterior à de Kant.
Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. A todos endereçou a mesma crítica, qual seja, a de não haverem compreendido o que há de mais fundamental e de mais essencial à razão: a razão é histórica.

De fato, a Filosofia, preocupada em garantir a diferença entre a mera opinião ("eu acho que", "eu gosto de", "eu não gosto de") e a verdade ("eu penso que", "eu sei que", "isto é assim porque"), considerou que as idéias só seriam racionais e verdadeiras se fossem intemporais, perenes, eternas, as mesmas em todo tempo e em todo lugar. Uma verdade que mudasse com o tempo ou com os lugares seria mera opinião, seria enganosa, não seria verdade. A razão, sendo a fonte e a condição da verdade, teria também que ser intemporal.
É essa intemporalidade atribuída à verdade a à razão que Hegel criticou em toda a Filosofia anterior.

Ao afirmar que a razão é histórica, Hegel não está, de modo algum, dizendo que a razão é algo relativo, que vale hoje e não vale amanhã, que serve aqui e não serve ali, que cada época não alcança verdades universais. Não. O que Hegel está dizendo é que a mudança, a transformação da razão e de seus conteúdos é obra racional da própria razão. A razão não é uma vítima do tempo, que lhe roubaria a verdade, a universalidade, a necessidade. A razão não está na História; ela é a História. A razão não está no tempo; ela é o tempo. Ela dá sentido ao tempo.

Hegel também fez uma crítica aos inatistas e aos empiristas muito semelhante à que Kant fizera.
Ou seja, inatistas e empiristas acreditam que o conhecimento racional vem das próprias coisas para nós, que o conhecimento depende exclusivamente da ação das coisas sobre nós, e que a verdade é a correspondência entre a coisa e a idéia da coisa.

Para o empirista, a realidade "entra" em nós pela experiência. Para o inatista a verdade "entra" em nós pelo poder de uma força espiritual que a coloca em nossa alma, de modo que as idéias inatas não são produzidas pelo próprio sujeito do conhecimento ou pela própria razão, mas são colocadas em nós por uma força sábia e superior a nós (como Deus, por exemplo). Assim, o conhecimento parece depender inteiramente de algo que vem de fora para dentro de nós. No caso dos inatistas, depende da divindade; no caso dos empiristas, depende da experiência sensível.
Inatistas e empiristas se enganaram por excesso de objetivismo, isto é, por julgarem que o conhecimento racional dependeria inteiramente dos objetos do conhecimento.

Mas Kant também se enganou e pelo motivo oposto, isto é, por excesso de subjetivismo, por acreditar que o conhecimento racional dependeria exclusivamente do sujeito do conhecimento, das estruturas da sensibilidade e do entendimento.

A razão, diz Hegel, não é nem exclusivamente razão objetiva (a verdade está nos objetos) nem exclusivamente subjetiva (a verdade está no sujeito), mas ela é a unidade necessária do objetivo e do subjetivo. Ela é o conhecimento da harmonia entre as coisas e as idéias, entre o mundo exterior e a consciência, entre o objeto e o sujeito, entre a verdade objetiva e a verdade subjetiva.

O que é afinal a razão para Hegel?

A razão é:

1.o conjunto das leis do pensamento, isto é, os princípios, os procedimentos do raciocínio, as formas e as estruturas necessárias para pensar, as categorias, as idéias - é razão subjetiva;
2.a ordem, a organização, o encadeamento e as relações das próprias coisas, isto é, a realidade objetiva e racional - é razão objetiva;
3.a relação interna e necessária entre as leis do pensamento e as leis do real.

Ela é a unidade da razão subjetiva e da razão objetiva.

Por que a razão é histórica?

A unidade ou harmonia entre o objetivo e o subjetivo, entre a realidade das coisas e o sujeito do conhecimento não é um dado eterno, algo que existiu desde todo o sempre, mas é uma conquista da razão e essa conquista a razão realiza no tempo. A razão não tem como ponto de partida essa unidade, mas a tem como ponto de chegada, como resultado do percurso histórico ou temporal que ela própria realiza.

Qual o melhor exemplo para compreender o que Hegel quer dizer? Vimos que os inatistas começaram combatendo a suposição de que opinião e verdade são a mesma coisa. Para livrarem-se dessa suposição, o que fizeram eles? Disseram que a opinião pertence ao campo da experiência sensorial, pessoal, psicológica, instável e que as idéias da razão são inatas, universais, necessárias, imutáveis.

Os empiristas, no entanto, negaram que os inatistas tivessem acertado, negaram que as idéias pudessem ser inatas e fizeram a razão depender da experiência psicológica ou da percepção. Ao faze-lo, revelaram os pontos fracos dos inatistas, mas abriram o flanco para um problema que não podiam resolver, isto é, a validade das ciências.

A filosofia kantiana negou, então, que inatistas e empiristas estivessem certos. Negou que pudéssemos conhecer a realidade em si das coisas, negou que a razão possuísse conteúdos inatos, mostrando que os conteúdos dependem da experiência; mas negou também que a experiência fosse a causa da razão, ou que esta fosse adquirida, pois possui formas e estruturas inatas. Kant deu prioridade ao sujeito do conhecimento, enquanto empiristas e inatistas davam prioridade ao objeto do conhecimento.

Que diz Hegel? Que esses conflitos filosóficos são a história da razão buscando conhecer-se a si mesma e que, graças a tais conflitos, graças às contradições entre as filosofias, a Filosofia pode chegar à descoberta da razão como síntese, unidade ou harmonia das teses opostas ou contraditórias.

Em cada momento de sua história, a razão produziu uma tese a respeito de si mesma e, logo a seguir, uma tese contrária à primeira ou uma antítese. Cada tese e cada antítese foram momentos necessários para a razão conhecer-se cada vez mais. Cada tese e cada antítese foram verdadeiras, mas parciais. Sem elas, a razão nunca teria chegado a conhecer-se a si mesma. Mas a razão não pode ficar estacionada nessas contradições que ela própria criou, por uma necessidade dela mesma: precisa ultrapassa-las numa síntese que una as teses contrárias, mostrando onde está a verdade de cada uma delas e conservando essa verdade. Essa é a razão histórica.


CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
(Este e outros trechos do livro disponíveis em: http://www.discursus.hpg.com.br/javanes/filocont.html)

Estética - Profa. Carol Gusmão

O que é Design Gráfico?

Partirei do pressuposto de que o Design Gráfico é uma ramificação do desenho industrial (Design), integrante da habilitação em programação visual (antigamente, Comunicação Visual), conforme determina o MEC.

Essa integração da comunicação visual ao desenho industrial se deu possivelmente visando uma formação mais adequada ao profissional, que há de desenvolver mensagens visuais que equacionam sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos, que atendam concretamente às necessidades humanas.

O Design Gráfico se dá em planos bidimensionais e é voltado para a impressão. Seu surgimento remete aos tempos da Revolução Industrial, quando aflorou a necessidade da comunicação visual para informar as pessoas vindas do campo (muitas delas não alfabetizadas) para trabalhar nas fábricas dos grandes centros urbanos.


A ICOGRADA (Internacional Council of Grafic Design Associations)afirma que o Design Gráfico é uma atividade técnica de análise, organização e métodos de apresentação de soluções visuais para problemas de comunicação.

A ADG (Associação dos Designers Gráficos do Brasil) classifica o Design Gráfico como um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, idéias e conceitos a fim de informar, identificar, sinalizar, organizar, estimular, persuadir e entreter, resultando na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

O professor e designer gráfico André Villas-Boas endossa a idéia original de que o Design Gráfico é uma sub-área da programação visual e que junto com o projeto de produto, são habilitações do Design ou desenho industrial e afirma que:

"Design Gráfico é a área de conhecimento e a prática profissional específicas que tratam da organização formal de elementos visuais (tanto textuais quanto não-textuais) que compõem peças gráficas para reprodução, que são reproduzíveis e que têm um objetivo expressamente comunicacional." (VILLAS-BOAS, 1999)

Vale a pena salientar que o Design Gráfico não está sozinho dentro do desenho industrial. Existem duas grandes vertentes do Design, o Design (ou projeto) de produtos, que tem por objetivo o desenvolvimento de projetos de produtos e utensílios tridimensionais e a comunicação visual, que compreende o Design Gráfico e outras sub-áreas, como o design de embalagens, que também possui fundamentos do projeto de produtos e o design multimídia, que é voltado para ambientes digitais como a web, jogos e televisão, entre outros.


Segundo Villas-Boas, o Design vive hoje uma grande crise ocasionada pela diversificação de seus parâmetros conceituais de projeto decorrentes da exaustão dos cânones firmados ao longo do século e pela vulgarização da massificação de sua prática advinda da informatização.

Fato é que existem atualmente diversos cursos de formação em Design Gráfico e outras novas modalidades de Design e a antítese disso é não haverregulamentação governamental para a profissão.

Isso dificulta ainda mais uma definição precisa do termo e o que ele compreende. Fazendo uma alusão a Gombrich, seria difícil afirmar que não existe design, e sim, designers.

Brincadeiras à parte, me arrisco em afirmar que o Design Gráfico é uma atividade projetual, funcional, comunicacional, comercial, visual e reproduzível intencionalmente por meios mecânicos.
Espero que as definições supracitadas posicionem o leitor de uma forma clara sobre o tema e impulsione novas pesquisas e discussões sobre o assunto.

Bibliografia
ADG do Brasil. Design Gráfico. Disponível em: <http://www.adg.org.br/html/mod
_design_grafico.asp
>Acessado em setembro de 2006.
AZEVEDO, Wilton. Os Signos do Design. SP. Global, 1994.
VILLAS-BOAS, André. O que [é e o que nunca foi] Design.Rio de Janeiro. Ed. 2 AB. 1999.
Marcos Paes de BarrosOrientador dos Cursos de "Design Gráfico" e "História do Design" da ABRA

O que é Design?

Muito se discute sobre a suposta etimologia do termo "Design", entretanto, ela surge em nosso cotidiano quase como um vocábulo coringa que agrupa e dá status a atividades que a princípio não tem necessariamente relações diretas com a palavra.Neste artigo, pretende-se desmistificar a origem e aplicação do termo a fim de ampliar a capacidade de aglutinar conhecimentos específicos sobre o tema, de modo que o leitor seja capaz de desenvolver seu entendimento de modo livre a partir de dados científicos e acadêmicos.Partiremos da convenção de que a tradução mais aceita para a palavra "Design" é o termo "Desenho Industrial", considerando os postulados estéticos de Kant e as análises dos empiristas ingleses sobre a beleza e a funcionalidade (DORFLES, 2002), endossados pela nomenclatura atribuída aos cursos de formação de nível superior pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) no Brasil desde o tempo da ESDIRJ até os dias de hoje.A ICSDI (Internacional Council of Societies of Industrial Design), entidade fundada em 1957, em Paris, que reúne sociedades e associações profissionais em todo o mundo, dedicadas a promover o desenvolvimento da sociedade industrial, discrimina o termo Desenho Industrial como vemos no texto a seguir:

"Desenho Industrial é uma atividade no extenso campo da inovação tecnológica, uma disciplina envolvida nos processos de desenvolvimento de produtos, ligada a questões de uso, produção, mercado, utilidade e qualidade formal ou estética dos produtos". (ICSDI apud CUNHA, 2000)

Segundo o autor italiano Gillo Dorfles, o Design surgiu como o que conhecemos hoje por Desenho Industrial a partir da Revolução Industrial, a partir da necessidade de produção para suprir a demanda dos grandes centros urbanos em expansão. O surgimento foi alavancado com invenções como a máquina a vapor de James Watt em 1776 e o tear mecânico de Edmond Cartwright em 1785, que possibilitariam a produção em série.

Segundo o mesmo autor, desde o início, o Design é produzido por meios mecânicos, em série e por meio de uma atividade projetual, diferenciando-o de outras atividades como o artesanato, por exemplo, que é produzido manualmente, resultando em peças únicas e para suprir a ausência da atividade projetual presente no Design, transformando possíveis erros na produção em adornos.O Design possui atualmente, no Brasil e no mundo, diversas ramificações, dentre elas o Design Gráfico, que compreende a comunicação e programação de espaços visuais e bidimensionais visando à impressão; o Design de Produtos, que tem por objetivo o desenvolvimento de projetos de produtos e utensílios; o Design de Embalagens, que mescla características das duas anteriores e o Design Multimídia, que é voltado para ambientes digitais como a web, jogos e televisão, entre outros.O deputado Eduardo Paes, em seu projeto de lei n° 2.621 de 2003 para a regulamentação da profissão de desenhista industrial, afirma que:


"Art.1º - Desenhista industrial é todo aquele que desempenha atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de objetos e mensagens visuais que equacionam sistematicamente dados ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos que atendam concretamente às necessidades humanas."

"Parágrafo Único - Os projetos de desenhista industrial são aptos à seriação ou industrialização que mantenha relação com o ser humano quanto ao uso ou percepção, de modo a atender necessidades materiais e de informação visual."

O MEC classifica o Desenho Industrial como ciência social aplicada, ou seja, a área abriga as ciências cujos conhecimentos impactam na vida humana do ponto de vista coletivo. O aproveitamento do Desenho Industrial como ciência social aplicada, está atrelado a outras áreas especificas do conhecimento distendendo-se de forma multidisciplinar.Design não é arte, não é artesanato, não é publicidade, não é arquitetura e nem informática. Apesar dessa multidisciplinaridade, o Design prevalece como uma ciência autônoma que se faz valer da tecnologia e de outros aspectos em comum como, por exemplo, as ferramentas gráficas da informática, a influência e relações com os períodos históricos artísticos ou das pesquisas e fundamentações do marketing.O Design é uma ciência relativamente nova que promove relações com outras ciências, talvez essa seja uma das dificuldades em rotulá-lo de forma eficaz e indiscutível e até mesmo regulamentá-lo como uma profissão soberana e autônoma. No Brasil, a maioria dos grandes projetos é oriunda de países com um maior desenvolvimento e encomendados pelas empresas multinacionais, que detêm grandes parcelas do setor industrial.
Sobre a atividade projetual do Design, Rafael C. Denis afirma que o termo "Design" carrega uma ambigüidade em seu sentido no qual há um desdobramento entre opostos. Ao mesmo tempo em que compreende o ato abstrato de designar, criar e conceber, o Design também abrange o desenho, as especificações e o registro das idéias de um modo concreto resultando naquilo que ele define como projeto.Vale a pena salientar que muitos acreditam que a palavra "desenho" tem essa mesma dualidade, sendo auto-suficiente como tradução do termo original inglês. Wilton Azevedo, professor e Designer Gráfico brasileiro, apresenta um ponto muito interessante quando diferencia a arte do Design por meio de seu caráter de intencionalidade de reprodução em série, talvez porque o caráter projetual (tão abordado até aqui) está presente em ambos.Sendo assim, afinal, o que é Design?Não irei fazer nenhuma conclusão que poderia ter uma conotação simplista sobre o termo, pois sinceramente espero que essas definições complementem e abram caminho para novas pesquisas, propiciando que o Design possa atingir novos patamares como ciência, evoluindo e se inovando com o tempo.

No Brasil há uma carência e certa aversão à complementação teórica, sobretudo no Design, que por muitos ainda é visto como o simples ato de manipular imagens ou uma arte decorativa.

Bibliografia

AZEVEDO, Wilton. O que é Design. São Paulo. Ed. Brasiliense, 1998.CUNHA, Frederico Carlos da. A Proteção Legal do Design: Propriedade Industrial. Rio de Janeiro. Editora Lucerna, 2000.DENIS, Rafael Cardoso. Uma introdução à história do design. SP. Ed. Edgard Blücher,2000.
DORFLES, Gillo. O Design Industrial e a sua estética. SP. Ed. Presença, 1991.DORFLES, Gillo. Introdução ao Desenho Industrial. Lisboa. Edições 70, 2002.HESKETT, John. Desenho Industrial. Rio de Janeiro. Ed. José Olímpio / UNB, 1997.Marcos Paes de BarrosOrientador dos Cursos de "Design Gráfico" e "História do Design" da ABRA